Guarda é conhecida como a cidade dos 5 Éfes. São eles os de Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa. A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:
1. Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
2. Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;
3. Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica este F;
4. Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda Fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;
5. Formosa: pela sua natural beleza.
Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Entre os quais os Igaeditani e os Lancienses Oppidani. Durante muito tempo os historiadores julgaram que a civitas Igaeditanorum (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, se a Guarda não tivera sido Egitânia, teria sido o que então? Confinando com os terrenos dos Igaeditania, a norte estavam os dos Lancienses Oppidani cuja capital, a civitas Lancia Oppidana, foi referida a curta distância da actual localização da Guarda. Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho, identificada como a Ward visigótica.