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quarta-feira, 3 de março de 2010

Lisboa, O "centro" de Portugal


Hoje irei falar-vos da nossa capital, Lisboa.
Durante o neolítico, a região foi habitada por vários povos Iberos que também viveram em outras regiões da Europa atlântica neste período. Estes construíram vários monumentos megalíticos e é ainda possível encontrar alguns dólmens e menires nos campos em redor da cidade.
Achados arqueológicos sugerem que já havia influência fenícia na região em 1200 a.C., levando alguns historiadores à teoria de que fenícios teriam habitado o que é hoje o centro da actual cidade, na parte sul da colina do castelo. O magnífico porto fornecido pelo estuário do rio Tejo transformou a cidade na solução ideal para fornecer alimentos aos navios destinados às Ilhas do Estanho e Cornualha.
Uma lenda popular e romântica conta que a cidade de Lisboa teria sido fundada pelo herói grego Ulisses, e que tal como Roma o seu povoado original foi rodeado por sete colinas. Derivado, os gregos chamam à cidade de Olissipo, proveniente do nome do herói.
Os gregos antigos tiveram provavelmente na foz do rio Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os conflitos que grassavam por todo o mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono, devido sobretudo ao poderio de Cartago na região nessa época.

Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, Ulishbuna seria pouco mais que uma vila no início do século VII. É nesta altura que, aproveitando uma guerra civil do Reino Hispânico Visigótico, que os árabes liderados por Tariq invadem a Península Ibérica com as suas tropas mouriscas, em 711. Olishbuna foi conquistada pelas tropas de Abdelaziz ibn Musa, um dos filhos de Tariq, assim como o resto do Ocidente.Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos mouros provenientes do norte de África. Em árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ.
Famosa e opulenta, a cidade daria ao reino bastante prestígio. A primeira tentativa de Afonso de conquistar al-Ushbuna deu-se em 1137 e fracassou frente às muralhas da cidade. Em 1140 aproveita os cruzados que passavam por Portugal para novo ataque que novamente falha. Só sete anos depois os cristãos a reconquistariam graças ao primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, e ao seu exército de cruzados, em 1147.
A colaboração estreita com os italianos, que dominavam a navegação no Mediterrâneo desde o tempo do Império Romano, trouxe frutos à cidade de Lisboa. Várias expedições se empreenderam com tripulações italianas e portuguesas, nas quais foram descobertos os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias. Alguns afirmam que terão mesmo chegado ao Brasil.É em Lisboa que se dá a principal revolta que causou a Restauração da Independência, em 1640.A cidade foi quase na totalidade destruída em 1 de Novembro de 1755 por um grande terramoto, e reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo), Ministro da Guerra e Negócios Estrangeiros e oriundo da Baixa Nobreza, reagindo celebremente às ruínas do terramoto, terá dito que era necessário enterrar os mortos, cuidar dos vivos e construir a cidade. Uma ideia que vai desenvolver de seguida ao nível da economia e sociedade. A parte central da reconstrução de Lisboa designar-se-á por Baixa Pombalina). A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permite desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada e aberta ao rio Tejo.Em 1908 a família real sofre um atentado (no Terreiro do Paço) em que morrem o Rei Dom Carlos de Portugal e o Príncipe herdeiro, numa acção provavelmente executada pelos anarquistas. Em 1909 os operários de Lisboa organizam extensas greves. Em 1910, em Lisboa, dá-se finalmente a revolta. A população da cidade forma barricadas nas ruas e são distribuídas armas. Os exércitos ordenados a reprimir a revolução são desmembrados pelas deserções. O resto do país é obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, católico e conservador. É proclamada a Primeira República.Inicialmente militar, liderado pelo General Gomes da Costa, o novo governo rapidamente adopta uma ideologia quasi-fascista sob a liderança de Salazar. O regime de Salazar e Marcello Caetano seria derrubado pela revolução dos cravos num golpe de estado realizado em Lisboa a 25 de Abril de 1974.

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