quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Amizade de Sócrates e Khadafi chegou ao Parlamento
A situação na Líbia chegou esta quarta-feira ao Parlamento, pela voz do Bloco de Esquerda, que atacou o Governo pelo silêncio que tem mantido sobre o que se está a passar com o seu parceiro de negócios. José Manuel Pureza, líder da bancada do Bloco, afirmou que José Sócrates admira ditadores e está a ser conivente com o desnorte de Muammar Khadafi. O deputado bloquista considera “inaceitável” que os governantes portugueses “declarem a sua admiração pelos tiranos, façam de figurantes nas suas operações de relações públicas, enviem as Forças Armadas para abrilhantarem o cerimonial do regime, contribuam para ocultar a realidade da pobreza que é imposta a essas populações”. “Que o primeiro-ministro José Sócrates qualifique Khadafi como «um líder carismático» ou que o ministro dos Negócios Estrangeiros tenha marcado presença na sumptuosa tenda em que se comemoraram os 40 anos do regime líbio, isso é algo que a diplomacia económica não pode justificar”, acusa José Manuel Pureza. Do lado do Partido Socialista, Francisco Assis defendeu o Executivo, dizendo que Portugal vai fazendo negócios com o exterior porque não pode ficar isolado. “Com quem manteríamos nós relações diplomáticas? Que tipo de relações diplomáticas manteríamos com a maior parte dos países do mundo, nomeadamente com aqueles países onde subsistem regimes que inspiraram, durante muito tempo, os partidos que estiveram na base da constituição do próprio Bloco de Esquerda?”, questionou Francisco Assis.
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