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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Governo deve pedir ajuda em Março

O Governo está a “sinalizar” a situação da seca em Portugal “junto de Bruxelas”, onde, “mais para o final de Março”, se reunirá o Conselho de Agricultura, no qual o Executivo vai “falar” sobre o assunto e “pedir já a hipótese de accionar mecanismos europeus, nomeadamente para antecipar ajudas” aos agricultores, disse Assunção Cristas. Segundo a ministra, a “task force” criada pelo Ministério da Agricultura para avaliar a situação da seca em Portugal está “a trabalhar intensamente para fazer o levantamento de tudo o que são os prejuízos já existentes e aqueles que previsivelmente ocorrerão”.  “Para a semana”, adiantou, a ‘task force’ vai apresentar o primeiro relatório com o “retrato” dos prejuízos da seca em Portugal e “reunir com as organizações de agricultores para também trocar impressões com todos e já com o panorama do país mais explicado”. A ministra explicou ainda que o Governo precisa de “ter dados muito concretos” sobre os prejuízos causados pela seca, porque “não podemos simplesmente dizer a Bruxelas: não chove e temos prejuízos”. “Temos que dizer onde é que eles estão, quais são em concreto e é esse trabalho de colher toda a informação objectiva e fidedigna que estamos a fazer”, sublinhou. Assunção Cristas revelou também que o Governo já pediu para “inscrever” a “explicação e a informação” sobre a situação da seca em Portugal nos “pontos de agenda” da próxima reunião do Conselho de Ambiente, que vai decorrer no dia 9 de Março em Bruxelas, ou seja, ainda antes do Conselho de Agricultura. A ministra falava aos jornalistas no concelho de Serpa, no Baixo Alentejo, após ter efectuado a ligação de uma taberna à rede eléctrica nacional, no âmbito do projecto de electrificação rural da Serra de Serpa. Questionada sobre se o Governo admite decretar o estado de calamidade pública, a ministra disse que o Executivo precisa de “mais tempo”, porque “é possível que chova e, se entretanto chover, as coisas podem-se alterar”. “A nossa preocupação é “ter a ‘task force’ a acompanhar e a monitorizar constantemente [a situação] e a fazer o levantamento do que já são os prejuízos existentes e daqueles que podem ocorrer se a situação se mantiver, para podermos em Bruxelas dar a informação fidedigna”, disse. O Governo precisa de ter o primeiro relatório da “task force” “com tudo bem explicado” e “até lá é prematuro” falar em estado de calamidade pública, frisou. A ministra garantiu que o Governo está a “acompanhar” a situação, tem ouvido “as preocupações dos vários sectores” e “percebe a angústia de muitos agricultores”, mas precisa de ter “os dados compilados” para poder “analisar a situação na sua totalidade”. O Governo vai “continuar a monitorizar” a situação e pedir a Bruxelas “a flexibilização” do que “for possível”, como das regras das medidas agro-ambientais, para poder responder às situações, disse.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Conversa provoca forte queda nos juros da dívida "Lusa"

Os juros da dívida pública portuguesa estão hoje em forte queda, contrariando a tendência que se verifica nas obrigações de outros países do euro, como Espanha e Itália. Um sinal que a garantia deixada ontem por Wolfgang Schaeuble a Vítor Gaspar no início do Eurogrupo, está a ter um impacto significativo no mercado secundário de dívida, com os investidores a incorporarem que a Alemanha apoiará Portugal numa flexibilização do programa de ajuda, caso tal venha a ser necessário. As quedas são sobretudo relevantes nos prazos mais curtos. A dois anos, a taxa de juro implícita recua 133 pontos base e está nos 13,75%. A “yield” das obrigações a cinco anos cai 126 pontos base para 15,49%. A taxa não era tão baixa desde 16 de Janeiro, ou seja, já anulou os ganhos que registou devido às notícias que indicavam que Portugal se seguia à Grécia na necessidade de um novo resgate.  No prazo a dez anos, a rendibilidade exigida pelos investidores cede 82 pontos base para 12,5%, tendo estado acima dos 18% há semanas atrás. O ministro das Finanças alemão assegurou ao homólogo português que, depois de ultrapassadas as dificuldades com a Grécia, seria possível aliviar as condições do pacote de resgate a Portugal. Uma indicação que tem sido apontada por economistas como necessária para que Portugal não siga o caminho grego, para que não venha a necessitar de um segundo pacote de resgate. O Governo português, através de Vítor Gaspar, veio já dizer que não vai pedir nem mais tempo nem mais dinheiro. O Ministério das Finanças alemão também já reagiu à divulgação da conversa, reconhecendo que se for preciso a Alemanha apoiará Portugal. Numa notícia com o título “Alemanha sinaliza que apoia Portugal”, o Financial Times cita uma fonte oficial do ministério de Schaueble a dizer que “os países que estão a cumprir” o seu programa, “podem achar mais fácil obter o acordo dos seus pares” com vista a possíveis modificações que venham a ser necessárias. O comportamento dos juros de Portugal deve ser atribuído à garantia do ministro alemão, já que os juros de outros países e os mercados bolsistas estão hoje em queda a reflectir o impasse na aprovação da segunda ajuda à Grécia. A “yield” da dívida espanhola a 10 anos sobe 12 pontos base para 5,3% e os juros das obrigações italianas com a mesma maturidade avançam 11 pontos base para 5,59%.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Presidente do Parlamento Europeu diz que destino de Portugal é o "declínio"

Olá a todos. Estive bastante tempo ser vir por cá, mas regressei com noticias "frescas"...



Em concreto, Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, criticou a visita que o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, fez a Angola no passado mês de Novembro para apelar ao Governo angolano a que invista mais em Portugal.
"Há umas semanas estive a ler um artigo no Neue Zürcher Zeitung que até recortei. O recém-eleito primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, deslocou-se a Luanda. [...] Passos Coelho apelou ao Governo angolano que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro. Esse é o futuro de Portugal: o declínio, também um perigo social para as pessoas, se não compreendermos que, economicamente, e sobretudo com o nosso modelo democrático, estável, em conjugação com a nossa estabilidade económica, só teremos hipóteses no quadro da União Europeia", afirmou Martin Schulz num debate realizado a 1 de Fevereiro na Biblioteca Solvay, em Bruxelas, gravado em vídeo, a que o Público teve acesso.
Contactado pelo Público, o eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, mostrou-se " muito surpreendido" com as declarações do presidente do Parlamento Europeu, adiantando que vai "fazer um pedido formal de esclarecimento" a Martin Schulz.
Em declarações à Lusa, Paulo Rangel considerou que "o presidente de uma instituição europeia não pode fazer uma crítica à política externa portuguesa", sublinhando que "Portugal é, há nove séculos, um Estado independente e há cinco séculos que tem relações privilegiadíssimas com os cinco continentes, designadamente com os espaços em que se fala a língua portuguesa".
Os comentários de Martin Schulz acontecem depois de a chanceler alemã, Angela Merkel ter dado a Madeira como um mau exemplo da aplicação dos fundos estruturais europeus, sublinhando que naquela região autónoma estas verbas "serviram para construir túneis e auto-estradas, mas não para aumentar a competitividade".

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