sábado, 27 de novembro de 2010
Passos Coelho admite trabalhar com o FMI
Numa entrevista publicada hoje no semanário Expresso, Passos Coelho disse que o país vai resistir à intervenção do FMI, depois de lembrar que "a execução orçamental aprovada este mês" vai transmitir a confiança necessária ao investimento dos mercados externos. O líder social-democrata recusou comparações entre a situação das finanças portuguesas e irlandesas, mas admitiu, ao mesmo tempo, "trabalhar com o Fundo Monetário Internacional", se o cenário de incapacidade de resolver os problemas do país se mantiver. Em reacção a estas declarações, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, considerou hoje que, caso se efective a intervenção do FMI, a capacidade de Portugal pode ficar comprometida. "Devemos ser muitos cuidadosos para não fazer declarações que enfraqueçam a posição nacional. A interpretação que é possível fazer das declarações de Passos Coelho é de que põem em causa a capacidade nacional e que, nesse sentido, não favorece o interesse do país", afirmou o ministro. As declarações do líder laranja, reiterou ainda Santos Silva, "para além de darem a ideia de um líder político disposto a tudo, ainda confirmam que está disposto a pagar qualquer preço para ocupar o poder". O ministro acusou Passos Coelho de uma liderança que transmite "imaturidade política" e rejeitou qualquer negociação no sentido de recorrer a ajuda internacional. "Posso garantir que a União Europeia não está a trabalhar em nenhum pacote de ajuda a Portugal", concluiu.
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