segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Desejo do PS e do PSD em crise politica - diz PCP
O secretário-geral do Partido Comunista diz que o PS e o PSD parecem desejar uma crise política. Jerónimo de Sousa acusa os sociais-democratas de fugirem à responsabilidade de políticas que também são suas, uma vez que Pedro Passo Coelho deu o aval a um dos três pacotes de austeridade já aprovados. “Um, o PSD, numa despudorada manobra de alijamento de responsabilidades, a não querer assumir as medidas que também são suas. O outro, [PS] a procurar uma nova vitimização com a aprovação ou não do Orçamento do Estado. E ambos a tentarem iludir o que toda a gente vê, que no essencial estão de acordo”, acusa Jerónimo de Sousa. O secretário-geral diz que os comunistas se vão bater contra o desperdício do Estado e exigir um sério contributo fiscal à banca e às grandes fortunas, nomeadamente pela tributação das transacções em bolsa e transferências para as “offshores”. Jerónimo de Sousa garante que não vai baixar os braços para impedir a redução de salários ou o incumprimento do acordo para o salário mínimo de 500 euros, em 2011. “Tal como não deve ser o Orçamento um trampolim para cavalgar na onda de rebaixamento dos salários, que a CIP, o grande patronato, já insinua e Teixeira dos Santos incentiva”. Os comunistas rejeitam que seja o povo a pagar a factura de uma crise que não criou. Acusam os promotores da política, que chamam de direita, de não verem os estado do país real. O Governo tem até dia 15 deste mês para entregar na Assembleia da República a sua proposta de Orçamento do Estado. A proposta tem discussão marcada no Parlamento no final do mês. A votação na generalidade será feita no dia 29.
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