sábado, 4 de dezembro de 2010
Cavaco e Sócrates encerram XX Cimeira Ibero-Americana
Em termos de política externa, tanto José Sócrates, como Cavaco Silva, partiram para esta cimeira com o objetivo político de potenciarem no plano económico as relações diplomáticas nacionais com esta região do globo, que apresenta taxas de crescimento económico bem superior às da Europa. Os temas económicos serão de resto os principais tópicos das conversas com Lula da Silva - que tem aqui a última cimeira internacional antes de passar a pasta presidencial para a sua "afilhada" política Dilma Russef -- e com Cristina Kirchner. Na sexta-feira, antes de chegar a Mar del Plata, Lula da Silva disse que o Brasil fará "o esforço que estiver ao seu alcance" para ajudar Portugal a sair mais rapidamente da crise, a qual classificou como "passageira". Com a Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, o primeiro-ministro põe mesmo em cima da mesa a possibilidade de vender a este país entre 700 e 800 mil computadores Magalhães, assim como entrar nos mercados das energias renováveis e do transporte ferroviário. Se, no plano externo as posições de Cavaco Silva e de José Sócrates têm sido totalmente coincidentes, o mesmo já não tem acontecido quando o Presidente da República ou o primeiro-ministro são confrontados com questões internas. Enquanto Cavaco Silva levantou dúvidas sobre a constitucionalidade de o Governo Regional dos Açores compensar os seus funcionários públicos pelos cortes salariais, o primeiro-ministro, apesar de garantir que essa medida se aplicará a todos os trabalhadores do universo do Estado, advertiu que importa respeitar as competências próprias dos governos regionais. A pouco mais de dois meses das eleições presidenciais, Cavaco Silva também falou em Mar del Plata sobre os debates que deverão anteceder este ato eleitoral, dizendo aos jornalistas que vai querer ter um compromisso escrito entre todos os candidato, tendo em vista assegurar a existência de efetivas condições de igualdade entre todos. Da XX Cimeira Ibero-Americana, sairá a decisão de se investir cerca de 70 mil milhões de euros em projetos educativos até 2021, sendo ainda adotado um programa comum aos países da comunidade para a inovação.
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