Boa dia a todos.
2010 foi um ano marcado por vários acontecimentos a nível nacional e internacional, positivos e negativos. A nível nacional ficou marcado as várias polémicas do governo sobre escutas ao Presidente da República, a crise portuguesa, o temporal na Madeira, o Orçamento de Estado para 2011 e a visita do Papa Bento XVI a Portugal numa altura polémica da religião católica. A nível internacional houve, e sem dúvida, o momento do ano, o resgate dos mineiros chilenos que estiveram meses debaixo de terra sem quaisquer condições e a polémica do Prémio Nobel da Paz entre outros casos. 2011 espera-nos um ano extremamente difícil para a economia mundial, especialmente a portuguesa. O aumento do IVA, do desemprego e a redução dos salários são pontos extremamente graves que os portugueses vão sentir neste ano que se aproxima. Sendo assim, queria deixar aqui uma palavra de esperança a todo o mundo e como diz o Povo Português "A união faz a força" é preciso estarmos todos unidos para vencermos as dificuldades, apesar do egoismo de alguns. Desejo a todos os visionadores deste Blog uma excelente passagem de ano e que 2011 traga muita saúde, paz e amor a todos.
Com os meus melhores cumprimentos.
Ricardo Mota.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
Chaves, A cidade Arqueológica
Os vestígios presentes na região de Chaves, legados da Pré-História, levam a admitir a existência de actividade humana no Paleolítico. São em grande quantidade os achados provenientes do Neolítico, do Calcolítico de Mairos, Pastoria e de S.Lourenço, dentre outros locais, e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos castros situados no alto dos montes que envolvem toda a região do Alto Tâmega. As legiões romanas que, há dois milénios, conquistaram aquelas terras instalaram-se de essencialmente no vale fértil do Tâmega, exactamente onde hoje se ergue a cidade e, construíram fortificações pela periferia, aproveitando alguns dos castros existentes. Construíram muralhas protegendo o aglomerado populacional; construíram a majestosa ponte de Trajano; fomentaram o uso das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários Termais; exploraram minérios, filões auríferos e outros recursos naturais. Tal era a importância desse núcleo urbano, que foi elevado à categoria de Município no ano 79 d.C. quando dominava Tito Flávio Vespasiano, o primeiro César da família Flávia. Daqui advém a antiga designação Aquæ Flaviæ da actual cidade de Chaves, bem como o seu gentílico — flaviense. Calcula-se pelos vestígios encontrados que o núcleo e centro cívico da cidade se situava no alto envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz. Ainda hoje lembra a traça romana, com o Fórum, o Capitólio e o Decúmanus, que seria a rua Direita. Foi nessa área que foram e ainda são (2006) encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos, expostos no Museu da Região Flaviense, como o caso de uma lápide alusiva a um combate de gladiadores. O auge da dominação romana verificou-se até ao início do século III, aquando da chegada gradual dos vulgarmente apelidados bárbaros. Eram eles os Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu e que puseram termo à colonização romana. As guerras entre Remismundo e Frumário, na disputa do direito ao trono, tiveram como consequência a quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão de Idácio, notável Bispo de Chaves. O domínio bárbaro durou até que os mouros, oriundos do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca visigodo, no início do século VIII. Com os árabes, também o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo, o que causou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas a noroeste, com inevitáveis destruições. As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao século XI. A cidade começou por ser reconquistada aos mouros no século IX, por D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente. Porém, logo depois, no primeiro quartel do século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar novamente de muralhas;já aqui existia também uma importante Judiaria. Foi então por volta de 1160 que Chaves integra o país, que já era Portugal, com a participação dos lendários Ruy Lopes e Garcia Lopes, tão intimamente ligados à história da terra. Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque de invasores e como medida de protecção D. Dinis (1279-1325), mandou levantar o castelo e as muralhas que ainda hoje dominam grande parte da cidade e a sua periferia. Cenário de vários episódios bélicos no século XIX celebra a 20 de Setembro de 1837, a Convenção de Chaves, após o combate de Ruivães, que pôs termo à revolta Cartista de 1837, ou revolta dos marechais. Neste concelho,na freguesia de Calvão,aconteceram várias aparições Marianas na década de 1830,foi aí construído o Santuário da Senhora Aparecida. A 8 de Julho de 1912 travou-se um combate entre as forças monárquicas de Paiva Couceiro e as do governo republicano, chefiadas pelo coronel Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 2ª incursão monárquica. Os intervenientes republicanos desse combate foram homenageados na toponímia de Lisboa, com a designação de uma avenida, a Avenida Defensores de Chaves, entre a Avenida Casal Ribeiro e o Campo Pequeno. A 12 de Março de 1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Bom Natal para todos.
Boa Noite a todos.
Em tempos difíceis que estamos a viver em Portugal e no mundo inteiro uma simples palavra pode fazer toda a diferença. Chegamos a uma altura do ano em que a maioria das pessoas ficam tristes e outras contentes. Tristes porque muitas familias não conseguem por na mesa uma posta de bacalhau e batatas para a noite da consoada e contentes porque é a altura do ano que as crianças recebem muitas prendas dos seus familiares e amigos. Com o vencimento da população portuguesa cada vez mais baixo e com o desemprego a aumentar isto irá cada vez pior para nós, pessoas. A minha palavra de amizade vai para todos os desempregados e pobres deste nosso Portugal e mundo com o meu abraço fraterno de muita força e saúde e que o Pai Natal traga um belo presente, emprego para todos vós. Por isso, desejo a toda a população deste mundo, um Feliz e Santo Natal para todos.
Com os meus melhores cumprimentos.
Ricardo Mota
Em tempos difíceis que estamos a viver em Portugal e no mundo inteiro uma simples palavra pode fazer toda a diferença. Chegamos a uma altura do ano em que a maioria das pessoas ficam tristes e outras contentes. Tristes porque muitas familias não conseguem por na mesa uma posta de bacalhau e batatas para a noite da consoada e contentes porque é a altura do ano que as crianças recebem muitas prendas dos seus familiares e amigos. Com o vencimento da população portuguesa cada vez mais baixo e com o desemprego a aumentar isto irá cada vez pior para nós, pessoas. A minha palavra de amizade vai para todos os desempregados e pobres deste nosso Portugal e mundo com o meu abraço fraterno de muita força e saúde e que o Pai Natal traga um belo presente, emprego para todos vós. Por isso, desejo a toda a população deste mundo, um Feliz e Santo Natal para todos.
Com os meus melhores cumprimentos.
Ricardo Mota
Governo avança com TGV mas com "pausas"
Parte da linha de comboio de alta velocidade (TGV) que ligará Lisboa a Madrid é mesmo para começar a construir em 2011, embora o Governo recorde que precisa de mais tempo para reavaliar o resto do projecto (Lisboa-Poceirão), o que implica o adiamento nos trabalhos devido às actuais dificuldades da economia. Ontem à noite, a TVI avançou que o Governo informou a Comissão Europeia da "decisão de adiar ou atrasar a construção" de todas as linhas ferroviárias de TGV. De facto, de acordo com fonte oficial do comissário da Política Regional, Johannes Hahn, citada no site da televisão, Bruxelas põe as linhas de Lisboa-Madrid e Porto- -Vigo no mesmo saco, dizendo que ambas foram "adiadas". O troço Porto-Vigo, diz o Governo desde Março, foi adiado por dois anos. Mas, em esclarecimento enviado às redacções, também ontem à noite, o Ministério das Obras Públicas garante que se mantém tudo: o troço mais urgente da ligação a Madrid (Poceirão-Caia) continua vivo. Urgente para poder "casar" com as obras do lado de Espanha e aproveitar os fundos comunitários disponíveis. O gabinete de António Mendonça insiste que "mantém-se tudo o que está em curso no que respeita ao eixo Lisboa-Madrid", remetendo para os termos do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2010-2013, de Março passado. Aí, o Governo assume que "a ligação de alta velocidade a Madrid" é um investimento que promove a produtividade da economia. No Orçamento do Estado (OE) para 2011 - negociado taco a taco entre o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e a delegação do PSD, liderada por Eduardo Catroga, que deu origem a um acordo entre as partes -, o Governo garante que "dar-se-á início à execução das obras constantes do contrato de concessão do troço Poceirão-Caia, do Eixo Lisboa-Madrid, o que deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2011". Esta parte da linha está avaliada em 3,5 mil milhões de euros. Quando ao resto da via, que começa em Lisboa, o OE fala do "relançamento, em tempo oportuno, do concurso para o projecto, construção, financiamento e manutenção da infra-estrutura do troço Lisboa-Poceirão". Será a este compasso de espera que Bruxelas se referia. No OE, o Governo é bem explícito quando à urgência em avançar com a via Poceirão-Caia do eixo Lisboa-Madrid. "Fará parte da futura Rede de Alta Velocidade, peça integrante da Rede Transeuropeia de Transporte Ferroviário". Mas concede que "num contexto macroeconómico menos favorável para o arranque de novos projectos, foi levada a cabo uma reprogramação" do projecto do TGV, que levou à "não adjudicação do concurso público internacional para o troço Lisboa-Poceirão, lançado em Março de 2009". Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, ironizou, dizendo que "agora, sem pressões, esta é uma matéria que pode e deve ser analisada na Comissão de Avaliação das Parcerias Público-Privadas e das Grandes Obras Públicas". A tal que saiu do acordo entre Governo e PSD, mas que ainda não existe.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Portugal no centro das atenções
A situação económica portuguesa vai estar no centro das atenções da reunião de líderes europeus que decorre hoje e amanhã em Bruxelas. José Sócrates vai aproveitar a ocasião para apresentar aos demais chefes de Estado e de Governo dos 27 as medidas adoptadas pelo seu Governo para suportar a competitividade da economia e que assentam no reforço das exportações e na flexibilização das leis laborais. O novo pacote surge em resposta aos insistentes pedidos e pressões nesse sentido da parte de diferentes instâncias europeias e são vistas, a par da execução orçamental, como um elemento essencial para evitar que o país tenha que recorrer à ajuda externa para se continuar a financiar. No encontro de hoje, os líderes da União deverão ainda chegar a acordo sobre uma mini-revisão do Tratado de Lisboa, de modo a permitir a criação de um novo mecanismo de gestão de crises, que estará operacional a partir de 2013. Este mecanismo terá carácter permanente e será através dele que os países da Zona Euro que se encontrem em dificuldades poderão receber a necessária assistência financeira. As especulações e divergências públicas em torno dos contornos exactos deste instrumento são apontadas como uma das causas para os episódios mais recentes da crise da dívida, que levou a Irlanda a pedir ajuda internacional e deixou Portugal na linha da frente da pressão dos mercados. Trata-se, pois, de um Conselho Europeu com uma agenda algo minimalista, que os líderes dos 27 acreditam, contudo, ser suficiente para prolongar a relativa tranquilidade que se regista nos mercados e que se deverá manter durante o período das festas.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Paços de Ferreira, A Capital do Móvel
Foi elevada a sede de concelho em 6 de Novembro de 1836 e à categoria de Cidade em 20 de Maio de 1993. Esta pequena cidade encontra-se organizada em torno de dois centros principais. O primeiro núcleo central, mais antigo, é formado pela Praças Dr. Luís e 25 de Abril e pela Praceta de Santa Eulália. Nesta última, está situada a Igreja Matriz, situada numa peculiar colina. De origem incerta, este templo é o local de devoção por excelência dos pacenses. De notar que, da referida colina, podemos desfrutar de uma bela vista panorâmica, já que, a partir daí, se consegue observar grande parte do concelho, nomeadamente a parte mais ocidental (Seroa e Serra da Agrela, Meixomil, Penamaior e Eiriz). Na parte central da Praça Dr. Luís, pode observar-se o Jardim Municipal, datado de 1892, onde merece particular destaque o tri-centenário carvalho alvarinho, o ex-líbris da cidade pacense. No jardim é ainda possível observar a estátua do Dr. Leão de Meireles, uma das personalidades mais importantes dos primórdios do concelho de Paços de Ferreira. Mais abaixo, a Praça 25 de Abril é dominada pelo edifício dos antigos Paços do Concelho, inaugurado em 1918, onde funciona actualmente o Museu Municipal e o Posto de Turismo. Defronte da escadaria principal deste edifício, aparece, embora discretamente, o Pelourinho de Paços de Ferreira, único monumento da cidade com a categoria de Património Nacional. Na parte central da praça, marca presença a estátua de D. Sílvia Cardoso, famosa benemérita pacense que abdicou de grande parte da sua riqueza para se dedicar à ajuda dos mais necessitados. Já o segundo núcleo central compreende a Praça da República, conhecida popularmente como a "Rotunda", onde se situam os principais serviços do concelho. Na Rotunda, é possível observar o Palácio da Justiça e a escultura em bronze que decora a sua fachada principal. Porém, o destaque da Praça da República vai por inteiro para o seu centro, onde se encontra o Monumento ao Marceneiro, escultura da autoria do Mestre José Rodrigues, que homenageia os marceneiros do concelho, que possibilitaram a enorme evolução registada pelo concelho no século XX, que tornaram Paços de Ferreira na "Capital do Móvel", marco de referência no panorama industrial português. Mesmo ao lado, está o actual edifício dos Paços do Concelho, da autoria do arquitecto pacense Paulo Bettencourt, onde está sediada, para além da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, a Junta de Freguesia pacense. Tanto o Monumento ao Marceneiro como o edifício dos Paços do Concelho foram inaugurados aquando do 5º aniversário da cidade, a 20 de Maio de 1997. Paços de Ferreira possuía até há bem pouco tempo uma estação agrária, unidade do Ministério da Agricultura onde era efectuada criação de gado, produção de leite, cereais e forragens, e onde existia uma oficina e posto de venda, onde se podia adquirir o "Queijo Paços", produzido na estação agrária. Porém, a partir de 2005, a estação agrária transformou-se no Parque Urbano de Paços de Ferreira, o local de lazer por excelência, em pleno centro centro da cidade pacense. Nos terrenos do Parque, delimitados pelo Rio Ferreira, localizam-se as Piscinas Municipais. Deste modo, Paços de Ferreira é uma cidade jovem e em transformação. Assim, nos últimos anos, a outrora vila rural, formada por lugares e quintas, e casas graníticas, tem-se transformado numa cidade moderna. Os vestígios dessa vila rural são já poucos, pois têm sido apagados ao longo dos tempos, tais como as antigas Escolas Primárias (no local da actual Câmara Municipal), o antigo posto da GNR e o antigo Posto dos Correios, demolidos para dar lugar a construções mais recentes. Porém, por enquanto, é ainda possível observar algumas casas antigas na cidade, tais como a Quinta das Uveiras (do século XIX), a Casa da Torre (quinta da família de D. Sílvia Cardoso, que contém uma capela datada de 1898), e a Casa de Coquêda (casa de brasileiro do início do século XX) que, embora já sem o esplendor de outros tempos, continuam a testemunhar o passado rural de Paços de Ferreira.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Cadeira do Nobel da Paz vazia
Apesar de não ser uma noticia sobre a politica portuguesa, não poderia deixar de passar esta situação. Por várias vezes a plateia levantou-se para aplaudir o discurso do presidente norueguês do Comité, Thorbjorn Jagland, que exigiu a libertação de Liu e voltou o discurso para as críticas ao regime de partido único na China e para pedir a abertura de Pequim ao Ocidente. Enquanto da China chegam relatos de protestos a favor dos direitos humanos, e face à pressão de Pequim nos últimos dias para as representações diplomáticas em Oslo boicotarem a cerimónia, Jagland fez questão de frisar o primeiro parágrafo do discurso do Comité quando, em Outubro, atribuiu o galardão a Liu. Disse acreditar numa “ligação entre os direitos humanos e a paz” para, a seguir, acrescentar: Esta é uma atribuição “apropriada e necessária”. A plateia arrancava uma longa salva de palmas, levantando-se em homenagem ao académico chinês. Na cerimónia Liu Xiaobo esteve representado por uma cadeira vazia e uma grande fotografia colocada junto do púlpito onde Thorbjorn Jagland discursava. No final, o presidente do Comité colocou a medalha e o certificado do Nobel sob o lugar vazio. Foi a segunda vez nos 109 anos de história do Nobel da Paz que o Comité coloca simbolicamente uma cadeira vazia para pontuar a impossibilidade de o galardoado – ou de familiares directos ou próximos – poderem receber o prémio.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Cavaco Silva espera apoios a populações
O Presidente da República dirigiu hoje uma palavra de apoio aos habitantes dos concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere e Sertã, dizendo esperar “solidariedade de todos os portugueses” relativamente às populações afectadas pela passagem de um tornado. Cavaco Silva sublinhou que estes “são concelhos que, face à dimensão dos estragos provocados pelo tornado terão de beneficiar de apoios do resto do país e eu espero que, mais uma vez, a solidariedade se faça sentir em relação a Tomar, Ferreira do Zêzere e Sertã, tal como aconteceu com os temporais da Madeira”. O Presidente da República diz não ter dúvidas “que mais uma vez, como aconteceu em relação à Madeira, se fará sentir o espírito de solidariedade e de entreajuda em relação aos cidadãos que viram os seus haveres destruídos pelo tornado”. Questionado sobre a falta de cumprimento do apoio às vítimas de temporais pelo país, Cavaco Silva defendeu a necessidade de serem cumpridas as promessas feitas aos cidadãos. “O conselho que dou é que se cumpram as promessas que se fazem, nunca se fica bem visto quando se promete alguma coisa e passam três anos sem a promessa ser concretizada”, frisou. O chefe do Estado apontou ainda como bom exemplo o caso da Madeira, afectada por um temporal em Fevereiro: “Aquilo que foi prometido tem vindo a ser concretizado e eu espero que o mesmo aconteça em relação aos concelhos que foram visitados por um membro do Governo, que nos deu informações sobre os vultuosos estragos materiais. Felizmente não há vítimas!”. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou hoje que será accionado o fundo de emergência no concelho de Tomar, atingido por um tornado, garantindo ainda que o Governo dará “a resposta adequada o mais rapidamente possível”.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Portugal avança quatro lugares no ranking da OCDE
De acordo com os dados apresentados no PISA, esta terça-feira, na capital francesa, Portugal ultrapassou a Espanha e chegou-se à média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) após anos na cauda do pelotão, sendo a Matemática a disciplina em que se registou a maior evolução nestes três anos que separam os relatórios de 2009 e 2006. O relatório deste ano do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) colocou em números a melhoria das competências dos alunos portugueses relativamente à Matemática, Leitura e Ciências. "Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha", assinalou Andreas Schleicher, director da Divisão de Indicadores e Análise da Direcção de Educação da OCDE, acrescentando que “o melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na Matemática". Numa primeira reacção a estes resultados - que colocam Portugal com 489 pontos, próximos da média de 493 – a ministra da Educação, Isabel Alçada, disse que é uma melhoria "muitíssimo expressiva" dos resultados dos alunos portugueses.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Teixeira dos Santos é o 4º pior Ministro das Finanças da Europa
Foi considerado o pior ministro das Finanças da Europa pelo «Financial Times» há dois anos. Agora, o jornal britânico sobe a nota a Fernando Teixeira dos Santos e coloca-o à frente da ministra espanhola, Elena Salgado, e do ministro irlandês, Brian Lenihan. O ministro das Finanças português foi considerado o décimo sexto melhor da Europa em 2010, num total de 19 governantes. Em primeiro lugar na lista está o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, seguido pelo polaco, Jacek Rostowski, este último elogiado por ter conseguido colocar a Polónia fora da lista negra da recessão que, em 2009, afectou toda a UE a 27. A medalha de bronze coube à ministra francesa, Christine Lagarde. O «ranking», publicado esta segunda-feira pelo «Financial Times», resulta da apreciação de três critérios: político, económico e de credibilidade. Foi precisamente nas competências ao nível económico que Teixeira dos Santos subiu neste «ranking», já que obteve má nota nos outros aspectos. «Alguns críticos acusam-no de ter respondido demasiado tarde aos desenvolvimentos da crise. Outros questionam-se sobre a influência que realmente tem», resume o «FT» sobre Teixeira dos Santos. Atrás de o governante português figuram os ministros das Finanças húngaro (György Matolcsy), espanhol (Elena Salgado) e irlandês (Brian Lenihan). O responsável pela pasta das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, ficou no oitavo posto.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Cavaco e Sócrates encerram XX Cimeira Ibero-Americana
Em termos de política externa, tanto José Sócrates, como Cavaco Silva, partiram para esta cimeira com o objetivo político de potenciarem no plano económico as relações diplomáticas nacionais com esta região do globo, que apresenta taxas de crescimento económico bem superior às da Europa. Os temas económicos serão de resto os principais tópicos das conversas com Lula da Silva - que tem aqui a última cimeira internacional antes de passar a pasta presidencial para a sua "afilhada" política Dilma Russef -- e com Cristina Kirchner. Na sexta-feira, antes de chegar a Mar del Plata, Lula da Silva disse que o Brasil fará "o esforço que estiver ao seu alcance" para ajudar Portugal a sair mais rapidamente da crise, a qual classificou como "passageira". Com a Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, o primeiro-ministro põe mesmo em cima da mesa a possibilidade de vender a este país entre 700 e 800 mil computadores Magalhães, assim como entrar nos mercados das energias renováveis e do transporte ferroviário. Se, no plano externo as posições de Cavaco Silva e de José Sócrates têm sido totalmente coincidentes, o mesmo já não tem acontecido quando o Presidente da República ou o primeiro-ministro são confrontados com questões internas. Enquanto Cavaco Silva levantou dúvidas sobre a constitucionalidade de o Governo Regional dos Açores compensar os seus funcionários públicos pelos cortes salariais, o primeiro-ministro, apesar de garantir que essa medida se aplicará a todos os trabalhadores do universo do Estado, advertiu que importa respeitar as competências próprias dos governos regionais. A pouco mais de dois meses das eleições presidenciais, Cavaco Silva também falou em Mar del Plata sobre os debates que deverão anteceder este ato eleitoral, dizendo aos jornalistas que vai querer ter um compromisso escrito entre todos os candidato, tendo em vista assegurar a existência de efetivas condições de igualdade entre todos. Da XX Cimeira Ibero-Americana, sairá a decisão de se investir cerca de 70 mil milhões de euros em projetos educativos até 2021, sendo ainda adotado um programa comum aos países da comunidade para a inovação.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Açores fogem ao corte
Governo Regional vai compensar os funcionários públicos que ganham entre 1500 e 2000 euros. A Assembleia Legislativa Regional dos Açores aprovou uma medida compensatória que permitirá a cerca de 3700 funcionários públicos regionais manterem os seus actuais vencimentos, sem sofrerem quaisquer cortes, ao contrário do que vai suceder em todo o país. A medida foi proposta pelo Governo de Carlos César no âmbito do Orçamento dos Açores para 2011, tendo sido aprovada no parlamento pela maioria socialista. Todos os funcionários que auferem entre 1500 e 2000 euros ilíquidos irão receber uma remuneração compensatória igual ao montante da redução remuneratória total ilíquida efectuada por via do Orçamento Geral do Estado para 2011. Poderão assim manter o mesmo nível de remuneração ilíquida em 2011, não sofrendo qualquer redução do seu vencimento- base. César eleva assim em 500 euros a fasquia de riqueza definida pelo Governo de José Sócrates: enquanto os cortes salariais no resto do país se vão aplicar aos funcionários com vencimentos acima dos 1500 euros, os Açores isentam de cortes quem ganha até aos 2000 euros. Esta medida aplica-se aos trabalhadores da Administração Regional e aos dos Hospitais EPE, sendo que os encargos decorrentes da sua implementação «serão suportados pela dotação provisional»
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
1º de Dezembro, Dia da Independência
A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da casa de Bragança. É comemorada anualmente em Portugal por um feriado no dia 1 de Dezembro. A ideia de recuperar a independência era cada vez mais poderosa e a ela começaram a aderir todos os grupos sociais. Os Burgueses estavam muito desiludidos e empobrecidos com os ataques aos territórios portugueses e aos navios que transportavam os produtos que vinham dessas regiões. A concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses diminuía-lhes o negócio e os lucros. Os nobres descontentes viam os seus cargos ocupados pelos Espanhóis, tinham perdido privilégios, eram obrigados a alistar-se no exército espanhol e a suportar todas as despesas. Também eles empobreciam e era quase sempre desvalorizada a sua qualidade ou capacidade! A corte estava em Madrid e mesmo a principal gestão da governação do reino de Portugal, que era obrigatoriamente exigida de ser realizada "in loco", era entregue a nobres castelhanos e não portugueses. Estes últimos viram-se afastados da vida da corte e acabaram por se retirar para a província, onde viviam nos seus palácios ou casas senhoriais, para poderem sobreviver com alguma dignidade imposta pela sua classe social. Portugal, na prática, era como se fosse uma província espanhola, governada de longe, sem qualquer preocupação com os interesses e necessidades das pessoas que cá viviam... Estas serviam para pagar impostos que ajudavam a custear as despesas do Império Espanhol que também já estava em declínio! Foi então que um grupo de nobres - cerca de 40 (conjurados)- se começou a reunir, secretamente, procurando analisar a melhor forma de organizar uma revolta contra Filipe IV de Espanha. Uma revolta que pudesse ter êxito. Começava a organizar-se uma conspiração para derrubar os representantes do rei em Portugal. Sabiam já que teriam apoio do povo e também do clero. Apenas um nobre tinha todas as condições para ser reconhecido e aceite como candidato legítimo ao trono de Portugal. Era ele D. João, Duque de Bragança, neto de D. Catarina de Bragança, candidata ao trono, em 1580. Em Espanha, o rei Filipe IV também enfrentava dificuldades. Continuava em guerra com outros países. O descontentamento da população espanhola aumentava. Rebentavam revoltas em várias regiões. A mais violenta, a revolta da Catalunha (1640), criou a oportunidade que os portugueses esperavam. O rei de Espanha, preocupado com a força desta, desviou para lá muitas tropas. Faltava escolher o dia certo. Aproximava-se o Natal do ano 1640 e muita gente partiu para Espanha. Em Lisboa, ficaram a Duquesa de Mântua, espanhola e Vice-rei de Portugal (desde 1634), e o português seu Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos. Os nobres revoltosos convenceram D. João de Bragança, que vivia no seu palácio de Vila Viçosa, a aderir à conspiração. No dia 1 de Dezembro, desse ano, invadiram de surpresa o Palácio real (Paço da Ribeira), que estava no Terreiro do Paço, prenderam a Duquesa, obrigando-a a dar ordens às suas tropas para se renderem - e mataram Miguel de Vasconcelos. Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança. O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas em todas as frentes. No final foi feito um acordo de paz definitivo entre as partes, em 1668, assinalado oficialmente com o Tratado de Lisboa (1668). Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa. Paralelamente, entre 1641 e 1654, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, de Angola e de São Tomé e Príncipe, restabelecendo o território ultramarino português e o respectivo poder atlântico, que a ele dizia respeito, anteriormente firmado antes do reino de Portugal estar sob o domínio filipino. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo. Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a obter a grande parte do seu lucro externo com a cana-de-açúcar e o ouro do Brasil. Desejo a todos um bom feriado.
D. João IV - Duque de Bragança
D. João IV - Duque de Bragança
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Figueira da Foz, A "praia" do Centro de Portugal
Lugar de ocupação humana muito antiga, fez parte do reino suevo, e mais tarde viria a ser conquistada aos mouros aquando a conquista de Coimbra por Fernando Magno em 1064, integrando o Reino de Leão e consequentemente o Condado Portucalense. A Figueira da Foz conheceu um grande crescimento no século XVIII devido ao movimento do porto e ao desenvolvimento da indústria de construção naval. Foi elevada à categoria de vila em 1771. Continuou a crescer ao longo do século XIX devido à abertura de novas vias de comunicação e à afluência de veraneantes. Em 20 de Setembro de 1882, foi elevada à categoria de cidade. Nos finais do século XIX e início do século XX construiu-se o chamado Bairro Novo, de malha regular, onde se instalaram os hotéis, o casino, restaurantes, bares nocturnos e alguma actividade comercial. Outro local onde a actividade comercial é evidente é na Rua da República, que liga a zona de entrada da cidade (via Estação dos caminhos-de-ferro) à zona mais central da cidade. Nos últimos tempos foram construídos supermercados e hipermercados na zona mais periférica da cidade. Devido às condições naturais e ao equipamento turístico, a Figueira da Foz impôs-se como estância balnear não apenas para a zona centro de Portugal, mas também para famílias abastadas alentejanas e espanholas. A Figueira da Foz é conhecida como a "Rainha das Praias de Portugal". Foi nesta localidade, no início do século XIX, que desembarcaram as tropas inglesas que vieram ajudar Portugal na luta contra as Invasões Francesas. Em 1982, ano em que se comemorou o Primeiro Centenário da Elevação a Cidade da Figueira da Foz, foi inaugurada a Ponte Edgar Cardoso, que veio substituir a ponte antiga (que não permitia que embarcações passassem sob si). A nova ponte, que rapidamente se transformou num ex-libris da cidade, é considerada uma das mais bonitas e imponentes do país. Foi, recentemente, alvo de profundas obras de remodelação. A Torre do Relógio (situada em frente à Esplanada Silva Guimarães, junto à Praia da Claridade) é, igualmente, uma das referências da cidade, bem como o Forte de Santa Catarina. Situa-se também nesta cidade o Palácio Sotto-Mayor, que marca história numa zona mais central da Figueira da Foz. O Parque das Abadias é um dos "pulmões" da cidade e um local de lazer, onde se realizam algumas provas de corta-mato e várias iniciativas com vista a proporcionar momentos agradáveis aos cidadãos do concelho. Este Parque atravessa a cidade ao meio, indo desde a zona norte da cidade até ao Jardim Municipal, que sofreu, recentemente, intervenções de remodelação, que fizeram com que o coreto deixasse de existir.
sábado, 27 de novembro de 2010
Passos Coelho admite trabalhar com o FMI
Numa entrevista publicada hoje no semanário Expresso, Passos Coelho disse que o país vai resistir à intervenção do FMI, depois de lembrar que "a execução orçamental aprovada este mês" vai transmitir a confiança necessária ao investimento dos mercados externos. O líder social-democrata recusou comparações entre a situação das finanças portuguesas e irlandesas, mas admitiu, ao mesmo tempo, "trabalhar com o Fundo Monetário Internacional", se o cenário de incapacidade de resolver os problemas do país se mantiver. Em reacção a estas declarações, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, considerou hoje que, caso se efective a intervenção do FMI, a capacidade de Portugal pode ficar comprometida. "Devemos ser muitos cuidadosos para não fazer declarações que enfraqueçam a posição nacional. A interpretação que é possível fazer das declarações de Passos Coelho é de que põem em causa a capacidade nacional e que, nesse sentido, não favorece o interesse do país", afirmou o ministro. As declarações do líder laranja, reiterou ainda Santos Silva, "para além de darem a ideia de um líder político disposto a tudo, ainda confirmam que está disposto a pagar qualquer preço para ocupar o poder". O ministro acusou Passos Coelho de uma liderança que transmite "imaturidade política" e rejeitou qualquer negociação no sentido de recorrer a ajuda internacional. "Posso garantir que a União Europeia não está a trabalhar em nenhum pacote de ajuda a Portugal", concluiu.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
BCE compra parte da dívida de Portugal
Os juros da dívida portuguesa estão a aliviar ligeiramente, com notícias de que o Banco Central Europeu está no mercado a adquirir títulos de dívida de Portugal e Irlanda. A taxa cobrada entre os investidores na compra de dívida portuguesa a 10 anos está a deslizar dois pontos base para 7,009%. No entanto, no prazo a dois anos a pressão mantém-se, com os juros a subirem 11 pontos base para 4,534%. A Bloomberg cita quatro fontes conhecedoras das transacções. O BCE estará a adquirir títulos de dívida de prazos mais curtos. Os juros da Irlanda continuam em rota ascendente, em alta de 13 pontos base para 9,17% no prazo a 10 anos. Em Espanha, apesar de o chefe do governo, José Luís Rodríguez Zapatero, ter rejeitado “absolutamente” um resgate ao país-vizinho, os juros continuam em alta: cinco pontos base para 5,223% a 10 anos.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Mafra, A cidade-Palácio
Vestígios arqueológicos sugerem que o povoado hoje denominado por Mafra foi habitado pelo menos desde o Neolítico. A origem do termo Mafra continua envolta em mistério, sabendo-se apenas que evoluiu de Mafara (1189), Malfora (1201) e Mafora (1288). Alguns autores encontraram na sua origem o arquétipo turânico Mahara, a grande Ara, vestígio de um culto de fecundidade feminina outrora existente no aro da vila. Outros, radicaram o nome no árabe Mahfara, a cova, na presunção de que a povoação se encontrava implantada numa cova, facto desmentido pelo reconhecido arabista David Lopes. A vila está, isso sim, situada numa colina, cercada por dois vales onde correm as ribeiras conhecidas por Rio Gordo e Rio dos Couros. Certo também é que Mafra foi uma vila fortificada, podendo ainda hoje encontrar-se, na Rua das Tecedeiras, um pouco da muralha que a cercava. Os limites do castelo, que tudo leva a crer assenta sobre um povoado neolítico, sucessivamente reocupado até à Idade do Ferro, compreendiam toda a zona da "Vila Velha", que hoje se inclui no espaço delimitado a Oriente pelo Largo Coronel Brito Gorjão, a Sul pela Rua das Tecedeiras, a Ocidente pelo Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima e a Norte pela Rua Mafra Detrás do Castelo. A designação desta rua deve-se ao facto de a povoação ter voltado, literalmente, as costas ao flanco norte, por ser o mais exposto aos ventos. A densa floresta que, consta, existiu até ao século XIX na Quinta da Cerca, constituída por árvores de grande porte, reforçaria o paravento. Em 1147, Mafra é conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, e em 1189 a vila é doada pelo Rei D. Sancho I ao Bispo de Silves, D. Nicolau, que no ano seguinte lhe confere o primeiro foral. Em 1513 o Rei D. Manuel concede Foral Novo a Mafra, o que subentende a relativa importância da vila, que em breve diminuiria drasticamente. Um censo da população datado de 18 de Setembro de 1527 apura 191 vizinhos, dos quais apenas quatro vivem em casais na vila. Quando, em 1717, o Rei D. João V lança a primeira pedra da construção do Palácio, Mafra resumia-se a uns casarios, aglomerados a centenas de metros do Monumento. Ao longo do século XIX começou a povoação a crescer em direcção ao Monumento, embora o seu aspecto rural de vila saloia só tenha sido perdido no século XX, como provam as palavras de José Mangens, em 1936, ao descrever a antiga Rua dos Arcipestres, parte dela actual 1º de Maio: "(.) nada oferece de interessante e mais parece uma vila de aldeia sertaneja, com os seus casebres arruinados e típicos portais de quintais, blindados com latas velhas (.)". Corria o dia 8 de Dezembro de 1807 quando as tropas de Napoleão entraram em Mafra para montar quartel-general no Palácio. Parte do exército seguiu para Peniche e Torres Vedras, enquanto o restante ficou aquartelado no Palácio e Convento, e os oficiais nas casas da vila, sob o comando do General Luison. A invasão duraria cerca de nove meses. No dia 2 de Setembro o exército inglês irrompia em Mafra, saudado com grande alegria pela população e ao som dos carrilhões. A 5 de Outubro de 1910 de novo o povo de Mafra viveria um dia único. A revolução republicana estalara na véspera em Lisboa, o Rei D. Manuel II refugiara-se durante a noite no Palácio e abandonava Mafra, num automóvel escoltado, acompanhado da sua mãe e avó, rumo à Ericeira, onde o Iate D. Amélia os conduziria a Gibraltar e ao exílio. Volvidos quatro anos sobre a fuga de El-Rei, novo sobressalto em Mafra: no dia 20 de Outubro, um grupo de monárquicos reuniu-se no largo D. João V e, munido de algumas armas, encaminhou-se para a Escola Prática de Infantaria, instalada no Convento, depois de cortar os fios telefónicos e telegráficos. A revolta foi facilmente anulada pelos militares, acabando na cadeia de Mafra cerca de uma centena de pessoas.
domingo, 21 de novembro de 2010
"Voltarei a Portugal" diz Barack Obama
Visivelmente cansado após dois dias de reuniões seguidas, Barack Obama voltou a agradecer a hospitalidade portuguesa e disse que tenciona regressar mas num ambiente mais tranquilo. "Voltarei quando tiver menos reuniões", disse o líder americano, em declarações à imprensa no final da cimeira UE-EUA, que decorreu no Pavilhão de Portugal. Obama participou nesta cimeira com Herman van Rompuy e Durão Barroso, respectivamente, presidente permanente da UE e presidente da Comissão Europeia. Esta foi a primeira cimeira entre a UE e os EUA desde que o Tratado de Lisboa entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2009. O "Air Force One" do presidente norte-americano descolou da pista do aeroporto da Portela às 20:27 horas.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
40 Chefes de Estado em Lisboa
A lista mais actualizada de presenças, obtida pela agência Lusa, confirma que não estará em Lisboa qualquer representação do Banco Mundial, inicialmente prevista. Segundo essa lista estão confirmadas as presenças de 20 chefes de Estado, 22 chefes de Governo (incluindo o primeiro ministro José Sócrates), 41 ministros dos Negócios Estrangeiros (incluindo Luis Amado) e 34 ministros da Defesa (incluindo Augusto Santos Silva). Estarão ainda presentes em Lisboa o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a responsável da diplomacia europeia, Catherine Ashton e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, estará também na capital portuguesa onde se espera a presença do secretário-geral da Assembleia Parlamentar da NATO e o presidente do Comité Político da instituição, Karl Lamers. Barack Obama, presidente norte-americano, e Dimitri Medvedev, o presidente russo, serão dois dos chefes de Estado presentes em Lisboa, que reunirá nos próximos dias os dirigentes máximos do hemisfério norte. Hamid Karzai, presidente do Afeganistão lidera a delegação daquele país cujos restantes membros não são ainda conhecidos. Entre os chefes de Estado presentes contam-se os da Bulgária (Georgi Parvanov), Croácia (Ivo Josipovi), Eslováquia (Ivan Gašparovi), França (Nicolas Sarkozy) e Letónia (Valdis Zatlers). Participam ainda os presidentes da Lituânia (Dalia Grybauskaite), Polónia (Bronislaw Komorowski), Republica Cheva (Vaclav Klaus), Roménia (Traian Bsescu) e Turquia (Abdullah Gül). Fazem ainda parte da lista de presenças os presidentes da Arménia (Serzh Sargsyan), Azerbeijão (Ílham Aliyev), Bósnia (Nebojš Radmanovi), Finlândia (Tarja Halonen), Geórgia (Mikhail Ssaakashvili), Macedónia (Gjorge Ivanov), Cazaquistão (Nursultan Nazarbayev). No que toca aos chefes de Governo, e além do anfitrião do encontro, José Sócrates, estarão em Lisboa os líderes da Albânia (Sali Berisha), da Alemanha (Ângela Merkel), da Bélgica (Yves Leterme), do Canadá (Stephen Harper), da Dinamarca (Lars Løkke Rasmussen) e de Espanha (José Luis Rodríguez Zapatero). Participam ainda os chefes do Governo da Eslovénia (Borut Pahor), Estónia (Andrus Ansip), Grécia (George Papandreou), Hungria (Viktor Orbán), Itália (Sílvio Berlusconi), Luxemburgo (Jean-Claude Juncker), Noruega (Jens Stoltenberg) e Holanda (Mark Rutte). Estão ainda na lista os chefes de Governo do Reino Unido (David Cameron), Republica Checa (Petr Neas), Australia (Julia Gillard), Georgia (Mikhail Ssaakashvili) e Suécia (Freddrick Reinfeldt). Em alguns casos as delegações terão representação reduzida, como a Coreia do Sul (vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro do Comércio), a Malásia (embaixador em Paris) e Tonga (representante do PM). De referir que a maior delegação esperada é a da Geórgia, que será liderada pelo presidente Mikhail Saakashvili e incluirá o vice-PM, Giorgi Baramidze, os ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa, Gregory Vashadze e Bachana Akhalaia e três vice-ministros.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Obama vai discutir crise portuguesa
Em conferência de imprensa, Liz Sherwood-Randall, directora da Casa Branca, disse que os norte-americanos apoiam "totalmente os esforços do Governo português para melhorar a situação económica do país", e que isso será "assunto de discussão" nos encontros que Obama manterá com as autoridades nacionais em Lisboa. Ben Rhodes, conselheiro de segurança nacional adjunto para as comunicações estratégicas, também esteve presente na conferência, onde referiu que "Portugal é um aliado e amigo próximo" e que as reuniões "serão uma oportunidade importante para sublinhar a proximidade da relação com os portugueses". O presidente dos EUA sai de Washigton quinta-feira à noite. Estará dois dias em Portugal, a propósito da cimeira da NATO, e vai encontrar-se primeiro com o presidente da República e só depois com o primeiro-ministro.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Não existem contactos para recorrer a ajuda europeia
A poucas horas de os ministros das Finanças da zona euro se reunirem em Bruxelas para debater a questão irlandesa, Teixeira dos Santos fez questão de frisar hoje que não existem contactos com as autoridades de Bruxelas para Portugal recorrer à ajuda financeira europeia. Uma declaração taxativa feita pelo ministro das Finanças em que refere que não existe «nenhum contacto com as autoridades em Bruxelas, nem formal nem informal, tendo em vista o recurso à ajuda europeia» e que coloca a questão da sobrevivência do euro na situação delicada da Irlanda. Aliás, também hoje, o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários garantiu que Portugal não pediu ajuda para suportar o aumento dos juros dívida, sublinhando que é «pura especulação» tudo o que se está a passar, incluindo a possível activação do Fundo de Estabilização Financeira por parte da Irlanda. Teixeira dos Santos afirmou que, apesar da situação da Irlanda ter «um risco de contágio» e que não pode ser ignorada, a aposta de Portugal «é continuar a financiar-se no mercado», até porque a taxa média da dívida pública portuguesa «está em 3,6 por cento». O presidente do Ecofin, Jean-Claude Junker fez hoje questão de frisar as diferenças entre o sector bancário português e irlandês, numa entrevista à Bloomberg, garantindo que a Irlanda não pediu ajuda financeira à União Europeia.«Existem enormes diferenças» entre Portugal e a Irlanda, acrescentando que «o sector bancário português não enfrenta os mesmos problemas do irlandês». A Irlanda, que tem sido pressionada pelos seus parceiros para aceitar os fundos financeiros europeus, tem negado qualquer tipo de intervenção, com o governo irlandês a defender-se afirmando que o país não necessita de qualquer financiamento até Junho próximo. O ministro irlandês da Economia, Batt O'Keefe, citado pelo Financial Times, afirmou que a Irlanda «tem de demonstrar claramente que não está sozinha e que está determinada a sair das dificuldades financeiras actuais». O governo alemão, através de fontes oficiais citadas pelo FT, negou «categoricamente» qualquer tipo de pressão junto dos irlandeses depois de no fim de semana terem surgido várias notícias na imprensa europeia afirmando que os parceiros europeus estariam a pedir ao governo irlandês que acionasse o mecanismo de ajuda junto do Banco Central Europeu (BCE) de forma a que a banca irlandesa acabasse com os problemas de liquidez. Já hoje, o vice-presidente do BCE Vítor Constâncio disse que a Irlanda poderia aceder ao fundo de emergência da União Europeia para resgatar os seus bancos. «Os problemas do sector bancário irlandês não são apenas de liquidez, mas também, em alguns casos, problemas de capital», disse Constâncio em Viena. A reunião dos ministros das Finanças da zona euro, a realizar na terça-feira, será um marco importante para uma decisão sobre o que fazer à Irlanda. Fontes de Bruxelas afirmaram que, dessa reunião, é de esperar uma mensagem de «apaziguamento» e de «unidade» para tentar acalmar o nervosismo dos mercados financeiros.
sábado, 13 de novembro de 2010
Portugal Politics também já está no facebook.
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Países de língua portuguesa com fundo chinês
A China lançará um fundo de US$ 1 bilhão para impulsionar suas relações comerciais e econômicas com países que falam a língua portuguesa, afirmou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, num fórum em Macau. Jiabao anunciou várias iniciativas para impulsionar o comércio e os investimentos entre a nação asiática e os países que falam português, como Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. Além do fundo de US$ 1 bilhão, o primeiro-ministro afirmou que a China concederá empréstimos preferenciais e estabelecerá mais programas de treinamento para as organizações desses países. Prometeu também continuar a oferecer um tratamento fiscal favorável para as importações de países que falam português e estabeleceu uma meta para o aumento do comércio entre a China e essas nações para US$ 100 bilhões por ano até 2013. O comércio entre a China e os países que falam português foi de US$ 68,2 bilhões nos primeiros três trimestres de 2010, o que correspondeu a um aumento de 57% na comparação com o mesmo período do ano passado, afirmou Wen. Nos últimos anos, Pequim tem injetado milhões de dólares em investimentos e ajuda para países do terceiro mundo na África e na América do Sul, como parte de um esforço para garantir o acesso a recursos fundamentais para a sua economia em rápida expansão. As informações são da Dow Jones.
Bragança, A capital de Trás-os-Montes
A área do actual concelho de Bragança era já uma povoação importante durante a ocupação romana. Durante algum tempo teve a designação de Juliobriga dada a Brigantia pelo imperador Augusto em homenagem a teu seu tio Júlio César. Destruída durante as guerras entre cristãos e mouros, encontrava-se em território pertencente ao mosteiro beneditino de Castro de Avelãs quando a adquiriu, por troca, em 1130, D. Fernando Mendes, cunhado de D. Afonso Henriques. Reconstruída no lugar de Benquerença, D. Sancho I concedeu-lhe foral em 1187 e libertou-a em 1199 do cerco que lhe impusera Afonso IX de Leão, pondo-lhe então definitivamente o nome de Bragança. O regente D. Pedro, em 1442, elevou Bragança a cabeça de ducado concedido a seu irmão ilegítimo D. Afonso, 8º conde de Barcelos e que fora genro de D. Nuno Álvares Pereira. Em 1445, Bragança recebeu a concessão de uma feira franca e em 1446 D. Afonso V elevou-a à categoria de cidade. A 5 de Março de 1770, Bragança tornou-se sede uma diocese; passou a ter unida a si, desde 27 de Setembro de 1780, a diocese de Miranda (criada a 22 de Maio de 1545), ficando a sede em Bragança - por isso a designação oficial da diocese é de «Bragança e Miranda».
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Lisboa, Capital Mundial da Segurança
Começou a contagem decrescente para a cimeira da NATO em Lisboa. A uma semana do início dos trabalhos, e enquanto os mais de 50 chefes de Estado e de governo não aterram na Portela, são as questões de segurança e circulação em Lisboa que vão dominando as atenções. Uma coisa é certa: prepare-se para o frenesim porque mesmo tendo recebido alguns eventos de grande envergadura, como a Expo 98, o Euro 2004 ou a Cimeira UE-África, Lisboa nunca testemunhou uma operação deste calibre. Tome-se como barómetro a maior cimeira realizada em Portugal, a UE-África, em 2007: na altura, para a protecção dos 80 chefes de Estado presentes, foram destacados 3 mil homens da PSP. O número será agora claramente pulverizado, explica ao i o comissário Paulo Flor, porta-voz da PSP: "Não vamos publicitar números, mas o número de efectivos policiais para esta cimeira será certamente superior a esse." Na montagem da operação coordenada pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, a Polícia de Segurança Pública conta com o apoio interno da Polícia Judiciária, dos Serviços de Informações e das Forças Armadas. A Marinha vai seguir o exemplo de realizações anteriores, disponibilizando meios da Autoridade Marítima e da Esquadra. Ou seja, no Tejo, e bem visíveis a partir do Parque das Nações, vão estar estacionados navios de guerra da marinha nacional. A missão da Força Aérea, por seu turno, passa pelo patrulhamento e pelo controlo do espaço aéreo. É por isso previsível que a vigilância dos céus da cimeira fique a cargo de um F-16 e de vários helicópteros. A vigilância deve ser complementada pelos conhecidos aviões AWACS. Para já, são apenas conhecidos os constrangimentos de mobilidade no Parque das Nações (ver infografia). Na perspectiva da segurança, a PSP considera positiva a tolerância de ponto ontem aprovada pelo governo para dia 19 para todos aqueles que trabalham no concelho de Lisboa. Ainda assim, no próximo dia 15, a PSP sinalizará os pontos críticos na capital. Mais uma vez, partindo da análise de eventos semelhantes, é possível apontar zonas de caos no trânsito: eixos rodoviários entre aeroporto, centro da cidade e Parque das Nações e zonas envolventes aos maiores hotéis da cidade. As cerca de 60 delegações presentes (perto de 2 mil pessoas) vão ocupar unidades como o Ritz, os hotéis Tivoli e Altis e o Dom Pedro, provocando inevitáveis perturbações nas entradas e saídas. Numa cimeira que está a ser preparada "há meses", as autoridades nacionais têm estado em articulação com a Interpol e a Europol e, naturalmente, com os corpos de segurança pessoal que acompanham algumas das maiores figuras presentes em Lisboa: Hamid Karzai, o presidente afegão, a chanceler alemã, Angela Merkel, e, claro, o presidente norte-americano, Barack Obama. A chegada de Obama a Lisboa, prevista para a manhã de dia 19, vai dar nas vistas. Primeiro é a aterragem do Air Force One - o Boeing 747-200B equipado com ginásio e escudos de protecção electrónica à prova de explosões nucleares. Logo a seguir será a vez de a "Besta" se estrear as ruas de Lisboa. A limusina presidencial de 300 mil dólares - com equipamento de visão nocturna, canhões de gás lacrimogéneo e tanques de oxigénio - deverá levar Obama a Belém, onde almoça com Cavaco Silva, e depois a São Bento, onde o presidente americano se reúne com José Sócrates. No percurso, claro, haverá uma forte presença de elementos dos serviços secretos. Obama recebe em média 30 ameaças de morte por dia e por isso tem um corpo de 200 homens a zelar pela sua segurança. Na comitiva americana, a maior de todas, com 800 a mil pessoas, estarão também cozinheiros, equipa médica e batalhões de assessores. Por esta altura - e seguindo o modus operandi habitual - os serviços secretos americanos já terão visitado Portugal três vezes no âmbito da cimeira: a primeira para fazer o "estudo do local"; a segunda para a chamada "visita de pré-lançamento" e por último a "visita avançada", que tem lugar dias antes da cimeira. Além da montagem de equipamento e neutralização de ameaças, nem a medição da qualidade do ar escapou aos homens de negro.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Portugal vai "fechar" fronteiras durante a cimeira da NATO
Segundo uma resolução publicada hoje em Diário da República, a reposição do controlo de fronteiras destina-se a garantir "a segurança interna" e a"manutenção da ordem pública" durante a Cimeira da NATO, que se realiza em Lisboa entre 19 e 20 de Novembro. "Considerando a dimensão, visibilidade mediática e complexidade do evento, com representações ao mais alto nível dos 28 Estados membros, dos restantes países parceiros e das organizações participantes, é manifestada a necessidade de garantir a segurança interna", pode ler-se no documento assinado por José Sócrates. "Torna-se, portanto, necessário prevenir a entrada no País de cidadãos ou grupos referenciados como habituais causadores de conflitos ou alterações da ordem pública ou cujos comportamentos sejam susceptíveis de comprometer a segurança dos cidadãos nacionais e dos cidadãos estrangeiros que, por força deste evento, acorrerão ao nosso país", acrescenta. Esta resolução, já aprovada em Conselho de Ministros, constitui "uma medida de excepção ao regime de ausência de controlo de pessoas na passagem das fronteiras" previsto no Código de Fronteiras Schengen. O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, assinou o despacho que determina os pontos de passagem autorizados, na fronteira terrestre, durante esse período de tempo
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Acordos entre Portugal e China valem 718 milhões de euros
Segundo avança a imprensa chinesa, os acordos e contratos empresariais assinados no domingo, em Lisboa, durante a visita do presidente chinês Hu Jintao valem cerca de mil milhões de dólares, o equivalente a 718 milhões de euros. «Hu Jintao e o Primeiro-ministro português José Sócrates presidiram à assinatura de acordos e contratos sobre projectos de infra-estruturas, energias renováveis e turismo no valor de mil milhões de dólares», escreve o China Daily. O jornal adianta que «as duas partes acordaram esforçar-se para duplicar o comércio bilateral até 2015. Os acordos assinados envolveram algumas das randes empresas dos dois países, entre elas a PT, EDP, Millennium BCP, Huawei e ICBI (Industrial and Commercial Bank of China). A imprensa chinesa acrescenta que o comércio entre a China e Portugal tenha crescido 40,7 por cento nos primeiros nove meses do ano, atingindo os 2.396 milhões de dólares.
sábado, 6 de novembro de 2010
Hu Jintao em Portugal
O homem mais poderoso do mundo, segundo a revista Forbes, está hoje em Lisboa. O Presidente chinês Hu Jintao visita Portugal durante este fim-de-semana e na bagagem traz muitos investimentos para fazer no país em troca de dívida pública. Nos dois dias de visita, HU Jintao reunir-se com o presidente português Cavaco Silva, com o primeiro-ministro José Sócrates e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, da Economia, entre encontros com outras autoridades e com a comunidade chinesa em Portugal. Para além da dívida soberana, Portugal e a China aproveitam também para assinar diversos acordos económicos, que deverão incluir a compra de produtos portugueses como vinho e azeite, para além do reforço da cooperação no sector do turismo. A visita de Hu Jintao é também motivo de protestos. A secção portuguesa da Amnistia Internacional vai realizar uma manifestação contra “os inúmeros detidos na República Popular da China, por delito de opinião”, enquanto o Bloco de Esquerda se recusa a estar presente na sessão parlamentar de recepção ao presidente chinês, porque considera o regime de Pequim “uma ditadura com créditos firmados na violação dos Direitos Humanos”. O último presidente chinês recebido em Lisboa foi o antecessor de Hu Jintao, Jiang Zemin, em Outubro de 1999.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Em Portugal vive-se bem...
Portugal é um dos 42 países do mundo onde melhor se vive, mas os seus cidadãos não se satisfazem com este estatuto: só os eslovacos e os estónios - entre aqueles que se incluem neste restrito clube - conseguem ser mais infelizes. O certo é que, desde 1980, que o desenvolvimento humano no país tem vindo sempre a melhorar, embora, por vezes, como é o caso deste ano, não seja o suficiente para travar uma queda na tabela. Em 2010, Portugal ocupava a 40ª posição entre 169 países, tendo caído seis posições desde o ano passado. Porém, os responsáveis do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) alertam para o facto de as classificações não serem absolutamente comparáveis, pois houve mudanças nos métodos de cálculo. E o número daqueles que registam um desenvolvimento humano muito elevado também aumentou - de 38 para 42. Por isso, embora Portugal tenha descido no novo ranking, se se considerar os métodos anteriores, o país registou uma evolução, tendo subido até um lugar. Não se pode falar, assim, de uma derrapagem dos indicadores que medem o bem-estar dos portugueses, pois estes têm vindo sempre a melhorar. O que se passa é que outras nações aceleram e Portugal move-se devagarinho. Esta é a visão do copo meio cheio, mas Portugal parece preferir ver o copo meio vazio - está a dois lugares do fim da tabela dos 42 primeiros (só Polónia e Barbados estão abaixo) e os seus cidadãos sentem-se particularmente insatisfeitos com isso. É o que se conclui quando se olha para os indicadores que medem a percepção dos cidadãos sobre a sua felicidade e bem-estar. Os portugueses, numa escala de satisfação de 1 a 10, colocam-se no ponto 5,9. Os brasileiros, que estão na 73ª posição, assumem-se bem mais felizes (7,6) e até as gentes do Malawi, quase no fim da tabela (153º em 169 países), têm níveis de satisfação superiores ao dos portugueses (6,2). O problema dos portugueses parece residir apenas em relação ao seu nível de vida, que só satisfaz 47 por cento dos inquiridos, já que não se sentem mal no emprego e estão de boa saúde. Esta insatisfação pode ser explicada por alguns indicadores que surgem pouco favoráveis a Portugal. É o caso do crime, por exemplo. Entre os 42 países no topo do ranking, a percentagem de vítimas de assaltos é a mais alta - sete por cento já foram roubados. Outro dos factores que contribuem para o mal-estar é a insatisfação com a falta de casas a preços acessíveis - só em Espanha e na Eslovénia será pior. Percepções à parte, há de facto maus indicadores. Um deles é o da população que concluiu o secundário. Em Portugal, a percentagem situa-se nos 27,5 por cento, a pior entre os 42 países. Além disso, a taxa de chumbos nas escolas é a mais elevada - 10,2 por cento. Tem também uma média de anos de escolaridade inferior à maioria dos países no topo da tabela - 8 contra 12,6 na Noruega, o país que ocupa o topo do ranking. O país também não sai bem na fotografia no que diz respeito ao trabalho infantil. Entre as nações onde se vive melhor, só em Portugal e no Bahrein foram detectados casos. Segundo o relatório, três por cento das crianças portuguesas entre os 5 e os 14 trabalhavam. Em 2008, o produto interno bruto per capita era mais de quatro vezes inferior ao da Noruega e significativamente abaixo do espanhol, que está no 20º lugar do ranking. Ana Fernandes
Cavaco Silva inaugura sede de candidatura
Cavaco Silva inaugurou, esta quinta-feira, a sede de candidatura em Lisboa. O candidato presidencial foi recebido por uma multidão quando chegou à sede, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. «Abro hoje a sede da minha candidatura em Lisboa, as portas ficam a partir de hoje abertas a todos aqueles que queiram ser informados sobre a minha candidatura, àqueles que com ela se identificam, àqueles que queriam apoiar-me nesta jornada pelo futuro de Portugal», afirmou Cavaco Silva, no discurso de inauguração. O candidato presidencial defendeu que só uma mudança na orientação económica de Portugal poderá resolver os «problemas concretos das pessoas», problemas que não são solucionáveis com «ilusões ou com utopias». Cavaco Silva frisou que a sua candidatura é «uma casa de gente que quer contribuir para abrir janelas de esperança» a quem perdeu o emprego, aos jovens à procura de trabalho, aos idosos que vivem com «uma pensão bastante reduzida» e àqueles que se encontram em situação de pobreza. «Estes são problemas concretos das pessoas e que não podem ser resolvidos com ilusões ou com utopias, estes são problemas concretos das pessoas, que só podem ser resolvidos com uma mudança na orientação económica do nosso país, no sentido de aumentar a produção de bens que são susceptíveis de ser exportados ou de substituir aquelas importações que nós fazemos. Só assim será possível criar riqueza e criar empregos no nosso país», disse. Nesta inauguração, Cavaco Silva apresentou formalmente os mandatários distritais da sua recandidatura a Belém. Uma lista onde se destaca o mandatário por Lisboa, o ex-ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha. Ao nível partidário, Cavaco Silva conta com o apoio do PSD e do CDS, que também estiveram representados nesta cerimónia.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Leiria, a Cidade Pinhal
A região onde se situa Leiria já é habitada há longos tempos, apesar de sua história precoce ser bastante obscura. Mesmo assim, a bacia hidrográgica do Lis é das zonas dessas dimensões com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de silex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na mata dos marrazes atrás do Bairro Sá Carneiro) e pinturas rupestres (estas na praia do Pedrógão e no vale do Lapedo). De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional. Os túrdulos, um povo indígena da Ibéria, estabeleceram um povoado junto à cidade actual de Leiria (a cerca de 7 km). Essa povoação foi depois ocupada pelos Romanos, que a expandiram sob o nome de Collippo. As pedras da antiga cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda podemos ver pedras com inscrições romanas.Pouco é conhecido sobre a área nos tempos dos visigodos, mas durante o período de domínio árabe, Leiria era já uma vila com praça. A Leiria moura foi capturada em 1135 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, durante a chamada Reconquista. Essa localidade foi brevemente retomada pelos mouros em 1137, e mais tarde em 1140. Em 1142, Afonso Henriques reconquistou Leiria, sendo desse ano o primeiro foral (carta de direitos feudais), atribuído para estimular a colonização da área. Os dois reis esforçaram-se por reconstruir as muralhas e o castelo da vila, para evitar novas incursões mouras. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade, mas já no século XII uma parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no último quartel do século XII, servia a freguesia exterior às muralhas. De facto a região de Leiria é a ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região.Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254, durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (actualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou como feudo à sua esposa, a rainha Santa Isabel. O rei também expandiu a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa atlântica. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram aos Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região. Em 1411, D. João I autorizou a instalação de um moinho de papel (atualmente um museu) para a fabricação deste material. Na mesma época é documentado que os judeus desenvolveram nesse concelho uma das mais notáveis comunidades, ao ponto de empreenderem uma florescente actividade industrial. Abraão Zacuto, erudito judeu, publicou sua obra Almanach perpetuum em Leiria em 1496.No fim do século XV, o rei D. João I construiu um palácio real dentro das muralhas do castelo. Este palácio, com elegantes galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído no século XX. D. João I foi também o responsável pela reconstrução da Igreja de Nossa Senhora da Pena, localizada dentro do perímetro do castelo, num estilo gótico tardio. Por volta do fim do século XV, a cidade continuou a crescer, ocupando a área que se estende desde a colina do castelo até ao rio Lis. Em Leiria foi impresso o primeiro livro em Portugal. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em 1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando-se sede da diocese de Leiria. A Sé Catedral de Leiria foi construída na segunda metade do século XVI, numa mistura dos estilos renascentista (gótico tardio) e maneirista (renascimento tardio). Comparando com a Idade Média, a história subsequente de Leiria é de relativa decadência. No entanto, no século XX, a sua posição estratégica no território português favoreceu o desenvolvimento de indústrias diversas, levando a um grande desenvolvimento da cidade e da sua região. De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma extraordinária, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Orçamento de Estado de 2011 aprovado
Graças à abstenção do PSD, o Orçamento de Estado para 2011 (OE) foi aprovado na generalidade, após dois dias de intenso debate na Assembleia da República. No final da votação – que contou com votos a favor do PS e os votos contra do CDS PP, Bloco de Esquerda, PCP e dos Verdes –, José Sócrates não escondeu a “satisfação do Governo por ter ultrapassado esta batalha” do OE. Aos jornalistas, o primeiro-ministro referiu a importância da execução das contas do Estado e traçou uma meta. “Queremos chegar ao fim de 2011, com um dos menores défices da Europa, para que Portugal saia de vez do grupo de países mais afectados pela crise financeira internacional”. Recorde-se que é objetivo do Governo chegar aos 4,6% de défice.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Debate do OE 2011 começa hoje
Os juros da dívida de Portugal continuam a subir. Avançam pela quarta sessão consecutiva, e estão já no nível mais elevado e duas semanas, acima da fasquia dos 6,1%, isto no dia em que tem início a discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 no Parlamento. Os partidos vão discutir as medidas propostas pelo Governo no OE, estando já garantida a viabilização do documento na sessão de amanhã, já que o PSD vai abster-se. Esta posição foi conseguida depois de negociações entre o principal partido da oposição e o Executivo de José Sócrates. O acordo alcançado não teve, no entanto, o impacto esperado no mercado. Ontem, o primeiro dia de negociação da semana após conhecido o entendimento entre Governo e PSD, os juros chegaram a cair, no arranque da sessão, mas acabaram por inverter a tendência e superar os 6%. Hoje, a tendência positiva mantém-se, com a taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos a negociar nos 6,149%. Apresentam uma subida de 4,7 pontos, com receios de que as medidas não permitam ao Governo atingir a meta de redução do défice com que se comprometeu com Bruxelas. “Apesar do acordo, há receios de que o impacto das medidas de austeridade na economia [podendo levar o País a uma nova recessão] signifiquem que Portugal não conseguirá cumprir a meta de redução do défice”, disse ao Negócios Nick Stamenkovic, especialista do mercado de dívida da RIA Capital. A subida dos juros da dívida não é, no entanto, um exclusivo de Portugal. Também os juros exigidos pelos investidores à Irlanda voltam a subir (10 pontos base), já os da Grécia estão praticamente inalterados, assim como os das “bunds” da Alemanha, que servem de referência para a região. O aumento dos juros dos países da periferia da Zona Euro é explicada pelos receios dos investidores de que possam vir a ser chamados a fazer parte da solução na eventualidade de algum destes entrar numa situação de incumprimento. É essa a proposta da Alemanha, isto se os restantes Estados quiserem que o fundo de estabilização seja permanente.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Sócrates felicita Dilma Roussef
A candidata do Partido dos Trabalhadores tornou-se no domingo na primeira mulher eleita para a chefia do Estado brasileiro, ao derrotar o candidato José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira. “O primeiro-ministro já teve a oportunidade de felicitar Dilma Roussef pela vitória que obteve na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras”, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do gabinete do líder do executivo português. Na mensagem, segundo a mesma fonte, José Sócrates “vincou que os dois países atravessam um período de excelentes relações a todos os níveis”. No período de pré-campanha para as eleições presidenciais brasileiras, Dilma Roussef fez um périplo internacional, tendo-se encontrado com vários chefes de Estado e de Governo da Europa, incluindo José Sócrates. Dilma Roussef foi recebida pelo primeiro-ministro português a 19 de junho na residência oficial de São Bento, ocasião em que se manifestou interessada na experiência portuguesa de aplicação da banda larga.
domingo, 31 de outubro de 2010
Hoje é "Dia das Bruxas"
Apesar de não ser uma noticia da politica portuguesa, mas é algo que se festeja em Portugal. O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (não existe referências de onde surgiram essas celebrações).A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão(samhain significa literalmente "fim do verão"). A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davamo ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
sábado, 30 de outubro de 2010
PSD e Governo entenderam-se sobre o OE 2011
Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga apresentaram ao País as conclusões finais do acordo alcançado entre o Governo e o PSD sobre o Orçamento de Estado. O que era para ser uma declaração conjunta acabou, no entanto, por ser feita separadamente, uma vez que uma vez que nem o Governo nem o PSD quiseram aparecer ao lado um do outro para dar a notícia do acordo alcançado. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, avisou que as exigências do PSD abriram um buraco de 500 milhões de euros no Orçamento. Na conferência de imprensa em que confirmou acordo com entre o Governo e os sociais-democratas, o ministro das Finanças garantiu que serão precisas novas medidas adicionais para pôr o défice nos 4.3%. Teixeira dos Santos recusou especificar que medidas serão essas mas não excluiu que serão pedidos novos sacrifícios aos portugueses. O ministro disse apenas que será um "mix do lado da receita e da despesa". O Governo vai apresentar o pacote nas negociações na especialidade no Parlamento e espera o acordo do PSD. A revelação não parece pôr em causa a viabilização do Orçamento na generalidade. Mas, em teoria, deixa em aberto a possibilidade do Orçamento ser chumbado na votação final. No final, Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga lamentaram não haver uma fotografia conjunta para assinalar o momento, embora Catroga tenha exibido, no início da sua intervenção, uma fotografia no seu telemóvel com o momento da assinatura do acordo que aconteceu ontem, em sua casa.
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