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sábado, 29 de janeiro de 2011

"Prioridade é a Educação" - diz Sócrates

O primeiro-ministro afirmou, este sábado, que a educação é «o grande projecto» para Portugal. «Aqui está o grande projecto nacional. Esta época vai ficar marcada pela aposta na educação», disse José Sócrates na inauguração da remodelação da Escola Secundária de Sá da Miranda, na sequência do projecto de modernização de escolas secundárias em todo o país, que prevê a requalificação de 313 estabelecimentos, num investimento de 2,9 mil milhões de euros. Este sábado foram reinauguradas 21 escolas, o que perfaz um total de 75 unidades remodeladas até agora, o que levou o chefe do Governo a concluir que esta é a «aposta maior na educação de que há memória». Sócrates recordou, ainda, os números recentemente divulgados pela OCDE que colocam Portugal no domínio da educação ao nível dos países desenvolvidos. «Este é o caminho do futuro. Este é o grande projecto que mobiliza o País», acrescentou. No âmbito do projecto de modernização das escolas secundárias, o primeiro-ministro anunciou também a quarta fase, que integra mais 90 escolas.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cavaco Silva vai receber 2 milhões de euros

O presidente reeleito, Cavaco Silva, vai receber dois milhões de euros de subvenção estatal, na sequência das eleições presidenciais, somando a maior fatia do orçamento do Estado destinado àquelas eleições.  Já Manuel Alegre, segundo avança o Jornal de Notícias, vai receber cerca de 800 mil euros, quando tinha previsto receber 1,35 milhões de euros. A diferença é justificada pelos menos de 20 por cento de votos conquistados. Francisco Lopes irá receber 424 mil euros, menos cem mil do que o esperado. Nobre recebe 620 mil euros, dado ter angariado 14 por cento dos votos, quando apenas previa receber 130 mil euros. Ao todo, o Estado gastou cerca de quatro milhões de euros em subsídios atribuídos aos candidatos. De fora ficam Defensor Moura e José Manuel Coelho que não tiveram votos suficientes para terem direito a subvenção estatal (cinco por cento).

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cavaco Silva, O Presidente dos Portugueses

Numa altura em que faltam apenas contabilizar os votos em 11 consulados espalhados no estrangeiro, Aníbal Cavaco Silva obteve 52.94% dos votos, garantindo, assim, a reeleição, à primeira volta, para o cargo de Presidente da República, não obstante ter perdido mais de 500 mil votos face às eleições de 2006. Outro grande vencedor das eleições deste domingo foi a abstenção, que atingiu um valor recorde em eleições presidencias: 53,37%, o que quer dizer que cerca de 5,1 milhões dos 9.629.630 eleitores optaram por ficar em casa. Também os votos brancos (4,26%) e nulos (1,93%) foram surpreendentes, somando perto de 280 mil votos. O grande derrotado destas eleições foi, claramente, Manuel Alegre que, apesar do apoio do PS e do Bloco de Esquerda, não foi além dos 19,75%, perdendo quase 300 mil votos face a 2006. Em terceiro lugar, surge Fernando Nobre, que, sem apoios partidários, conseguiu 14,1% que correspondem a mais de 590 mil votos. A seguir, Francisco Lopes obteve 7,14%, correspondentes a pouco mais de 300 mil votos, menos 167 mil do que conseguira, há cinco anos, Jerónimo de Sousa. Surpreendente foi a votação de José Manuel Coelho, que garantiu quase 190 mil votos, que corresponde a 4,5% dos votos expressos. De realçar que, na Madeira, Coelho foi o segundo candidato mais votado e conseguiu mesmo vencer no Funchal. Finalmente, surge Defensor Moura, com apenas 1,57%, que corresponde a pouco mais de 66 mil votos. Falta apurar o resultado em 11 dos 71 consulados e a repetição na próxima terça-feira nas freguesias que foram alvo de boicote, Vila Nova de Monsarros, Muro e Serpins.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Eleições Presidênciais em Portugal 2011

As eleições presidenciais em Portugal, marcadas para este Domingo, colocam frente a frente duas figuras emblemáticas da política nacional: Cavaco Silva, atual presidente apoiado pela direita, PSD e CDS-PP, e Manuel Alegre, candidato apoiado pelo Partido Socialista e Bloco de Esquerda. Na corrida presidencial participam ainda o candidato pela CDU, Francisco Lopes, José Manuel Coelho, candidato pelo PND-M, e os candidatos independentes Fernando Nobre (presidente da ONG Assistência Médica Internacional, AMI) e Defensor Moura. No sistema português, a figura do Presidente da República está imbuída de uma forte componente simbólica, cabe-lhe o direito de dissolver o parlamento, embora não tenha competências executivas. O presidente é ainda o Comandante Supremo das Forças Armadas, preside ao Conselho de Estado e tem poder de veto sobre várias matérias. A fim de se evitar uma segunda volta, o candidato vencedor terá que recolher mais de 50% das preferências de voto. As sondagens sugerem que a vantagem está do lado de Cavaco Silva, 71 anos de idade, economista de formação e com uma longa carreira política, incluindo duas maiorias absolutas consecutivas no Parlamento, em 1985 e 1991. Em 1996 candidatou-se à presidência mas perdeu frente ao candidato socialista, Jorge Sampaio. Durante os dez anos seguintes dedicou-se à vida académica e em 2006 reapareceu na cena política como candidato independente vencendo logo à primeira volta. Foi nesta altura que Cavaco Silva iniciou a sua cooperação estratégica com o Executivo liderado pelo socialista José Sócrates. As legislativas de 2009 marcam um ponto baixo nas relações entre a Presidência e o executivo. A re-eleição de José Sócrates, agora sem maioria absoluta, obrigou ao estreitar das relações com a Presidência e oposição. Enquanto Presidente, Cavaco Silva sublinhou sempre o seu papel moderador entre as forças políticas. Longe de assumir a presidência como um cargo cerimonial, Cavaco Silva recorreu mais de uma dezena de vezes ao poder de veto. Áreas como a pluralidade da comunicação social, família e o estatuto político-administrativo dos Açores são apenas alguns exemplos. No centro do debate em torno destas eleições está a crise económica e financeira que o país atravessa e que poderá levar Portugal a recorrer aos fundos europeus. Para José Sócrates, o desafio é reduzir a dívida pública de 7,3% em 2010 para 4,6 em 2011.

sábado, 22 de janeiro de 2011

6º Candidato - José Manuel Coelho

José Manuel da Mata Vieira Coelho nasceu em Gaula, Santa Cruz na Ilha da Madeira a 22 de Julho de 1952 e é um político e deputado pelo PND à Assembleia Regional da Madeira. Foi o candidato surpresa às Presidência da república nas presidenciais de 2011. José Manuel Coelho apesar de ter sido militante do PCP até 1999, e de ainda se considerar comunista, decidiu integrar as listas do PND para as eleições da Região Autónoma da Madeira a 6 de Maio de 2007. Para surpresa geral, o PND consegue eleger um deputado, Baltasar Aguiar. Durante a visita à Madeira do Presidente da República, Cavaco Silva, o Presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim chamou aos deputados da oposição da Assembleia Legislativa da Madeira de "bando de loucos" e ao deputado do PND de "fascista". Perante estas palavra o deputado do PND decidiu suspender o seu mandato e assim a 5 de Maio de 2008, José Manuel Coelho tomou o seu lugar. Desde aí o deputado da Nova Democracia tem-se tornado o deputado com mais visibilidade a nível nacional. Desde o início do actual regime autonómico nunca houve um deputado que usasse a mesma arma que Jardim, precisamente o populismo. José Manuel Coelho já foi uma vez julgado em tribunal pelo crime de difamação do ex-autarca de Santa Cruz e agora deputado do PSD-M, Savino Correia, por esse crime cumpriu trabalho comunitário. Com os seus discursos politicamente incorrectos tem obrigado o PSD-M a tomar medidas ilegais na Assembleia Legislativa Regional para o fazer calar. Tem levado várias vezes um relógio de parede ao pescoço para protestar contra o alteração do Regimento, chegando a propor uma estátua para Alberto João Jardim. O ponto mais polémico do seu mandato sucedeu em 5 de Novembro de 2008, quando, como forma de protesto contra o facto do parlamento regional nunca ter comemorado o 25 de Abril, apresentou ao plenário uma bandeira nazi, que ofereceu ao líder parlamentar Jaime Ramos. A bancada parlamentar do PSD, como forma de protesto, votou a suspensão do seu mandato. No dia seguinte, 6 de Novembro 2008, Coelho seria impedido pelos seguranças privados da Assembleia Legislativa de entrar na Assembleia. Estes acontecimentos insólitos fizeram com que tivesse uma enorme visibilidade no país inteiro, sendo abertura de todos os telejornais. Perante a situação vivida à entrada da ALRAM, o deputados da Assembleia da República interromperam a discussão do Orçamento de Estado 2009 para discutir a democracia na Madeira. Devido à inconstitucionalidade do acto, Coelho regressaria depois ao parlamento regional. Em 30 de Dezembro de 2010, apresentou a sua candidatura à Presidência da República, com o apoio do PND. Durante a campanha utilizou os tempos de antena para chamar a atenção da opinião pública para a repressão política na Madeira, o caciquismo do poder local em geral, e até para as circunstâncias comprometedoras da aquisição pelo PR Cavaco Silva da sua casa de férias no Algarve.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

5º Candidato - Defensor Moura

Defensor Oliveira Moura nasceu em Viana do Castelo a 2 de Setembro de 1945 é um médico e político português. Foi Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e é um dos candidatos independentes às eleições presidenciais em Portugal em 2011.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

4º Candidato - Fernando Nobre

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre nasceu em Luanda, Angola em 1951e é um médico português. Viveu em Angola até 1964, e na República Democrática do Congo, até 1967. Nesse ano mudou-se para a Bélgica, onde se licenciou e doutorou em Medicina, na Universidade Livre de Bruxelas, onde foi assistente das disciplinas de Anatomia e Embriologia. Exerceu também funções no Serviço de Cirurgia Geral e Urologia do Hospital Universitário de Bruxelas. Depois de ter sido administrador dos Médicos Sem Fronteiras, na Bélgica, veio a fundar a Assistência Médica Internacional. Através dessa organização não-governamental, de que é presidente, participou como cirurgião em mais de duzentas e cinquenta missões de estudo, coordenação e assistência humanitária em mais de setenta países de todos os continentes. Dentro da sua actividade social integra o Conselho Geral da Universidade de Lisboa, é presidente da Assembleia-Geral do Instituto da Democracia Portuguesa, é patrono da Fundação Burgher Portugal, no Sri Lanka, da APARECE - Instituição de Apoio a Adolescentes em Risco e da Fundação As Crianças são o nosso Futuro, na Ucrânia, vogal do Conselho Fiscal do CAVITOP - Centro de Apoio a Vítimas de Tortura, membro da da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Comissão de Honra de Homenagem a João XXI. Em 2010 apresentou-se como candidato à Presidência da República, para as eleições de 2011. Anteriormente já tinha participado numa convenção do PSD (2002), foi membro da Comissão de Honra e da Comissão Política da candidatura de Mário Soares à Presidência da República (2006), mandatário nacional do Bloco de Esquerda nas eleições europeias de 2009 e membro da Comissão de Honra da candidatura de António Capucho ao Município de Cascais (2009).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

3º Candidato - Francisco Lopes

Francisco José de Almeida Lopes nasceu em Vinhó, concelho de Gouveia a 29 de Agosto de 1955 e é um electricista e político português. Militante comunista desde 1974, frequentou a Escola Industrial Marquês de Pombal e o Instituto Industrial de Lisboa (actual Instituto Superior de Engenharia), onde participou no movimento estudantil de contestação à ditadura. Em 1973 participou no III Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, e na campanha eleitoral para a Assembleia Nacional, de Outubro desse ano. Militou também na União dos Estudantes Comunistas, a jota do PCP. Empregado na Applied Magnetics, foi membro da respectiva Comissão de Trabalhadores, colaborando com o Sindicato dos Electricistas do Distrito de Lisboa. Foi designado membro do Comité Central do PCP em 1979, chegando à Comissão Política e ao Secretariado em 1990. Foi eleito deputado à Assembleia da República, pelo Círculo de Setúbal, em 2005. É candidato às eleições presidenciais portuguesas de 2011, com o apoio do PCP e do PEV e um slogan que classifica a sua candidatura como «patriótica, de ruptura e de esquerda».

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

2º Candidato - Manuel Alegre

Manuel Alegre de Melo Duarte  nasceu em Águeda a 12 de Maio de 1936 e é um escritor e político português. Em 1961 é chamado a cumprir serviço militar e assenta praça na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, de onde sai, pouco depois, para a Ilha de São Miguel. Aí desencadeia o movimento de Juntas de Acção Patriótica de Estudantes, constituídas por militares e civis. Além disso chega a traçar, com Melo Antunes e outros, um plano para tomar conta da ilha, que não se concretiza. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde é preso pela PIDE e condenado a seis meses de reclusão na Fortaleza de S. Paulo, em Luanda, acusado de tentativa de revolta militar contra à Guerra do Ultramar. Na cadeia conhece escritores angolanos como Luandino Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Regressa a Portugal em 1964. A ameaça de nova detenção e de julgamento pelo Tribunal Militar, por suspeita de traição, leva-o a passar à clandestinidade e a partir para o exílio, tendo sido auxiliado pelo poeta João José Cochofel, que o esconde no norte do país. Chegado a Paris em Julho de 1964, participa na Terceira Conferência e é eleito para a Direcção da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida por Humberto Delgado. Isto dar-lhe-á a possibilidade de depor perante as Nações Unidas, como representante dessa organização, sobre a sua experiência em Angola, e contactar com os líderes dos movimentos africanos de libertação, como Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança. Em 1964 parte para o exílio, em Argel, onde é locutor da emissora de rádio A Voz da Liberdade. Nessa emissora difunde conteúdos destinados a lutar contra o Salazarismo, declarando apoio aos movimentos de guerrilha do Ultramar, que lutavam contra as Forças Armadas de Portugal, convertendo num símbolo de resistência e liberdade. Entretanto os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), são apreendidos pela censura, mas cópias manuscritas ou dactilografadas circulam de mão em mão, clandestinamente. Poemas seus, cantados, entre outros, por Amália Rodrigues, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luis Cília tornam-se emblemáticos da luta pela liberdade. Em 1968 entra em ruptura com o Partido Comunista Português, em consequência dos acontecimentos da Primavera de Praga e da invasão das forças do Pacto de Varsóvia naquele país. Além da actividade política, saliente-se o seu proeminente labor literário, quer como poeta, quer como ficcionista. Entre os seus inúmeros poemas musicados contam-se a Trova do vento que passa, cantada por Adriano Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, entre muitos outros. Reconhecido além fronteiras, é o único autor português incluído na antologia Cent poemes sur l'exil, editada pela Liga dos Direitos do Homem, em França (1993). Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua, em Itália, inaugurou a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Pelo conjunto da sua obra recebeu, entre outros, o Prémio Pessoa (1999) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998). É sócio-correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, eleito em 2005. É candidato a Presidente da República nas eleições de 2011 e é apoiado pelo Partido Socialista, Bloco de Esquerda, PCTP-MRPP e o Partido Democrático do Atlântico.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1º Candidato - Aníbal Cavaco Silva

Aníbal António Cavaco Silva nasceu em Boliqueime, Loulé a 15 de Julho de 1939 é um economista e político português e, desde 2006, o décimo nono Presidente da República Portuguesa. Foi primeiro-ministro de Portugal de 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995, tendo sido a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo do país desde o 25 de Abril. A 22 de Janeiro de 2006 foi eleito Presidente da República, tendo tomado posse em 9 de Março do mesmo ano. No dia 20 de Outubro de 2005, numa declaração pública no CCB, apresenta-se oficialmente como candidato à Presidência da República. Já haviam sido publicadas várias sondagens de opinião que apontavam Cavaco Silva em primeiro lugar. Contra Jerónimo de Sousa, Mário Soares, Francisco Louçã, Garcia Pereira e Manuel Alegre, conseguirá a eleição à primeira volta (com 50% dos votos), marcando pela primeira vez, na Democracia portuguesa, a eleição de um Presidente oriundo do centro-direita. A 9 de Março de 2006 toma posse como 18º Presidente da Repúbica Portuguesa.Tomou posse, jurando a Constituição, na Assembleia da República, em 9 de Março de 2006, numa cerimónia a que assistiram os ex-Presidentes Ramalho Eanes e Mário Soares, os Príncipe das Astúrias, o antigo Presidente dos Estados Unidos, George Bush, o Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, entre outras personalidades nacionais e estrangeiras. De salientar que regista para Portugal um facto inédito, de ser o primeiro Presidente da República, desde 1986, fora da área da esquerda socialista. Durante todo o seu mandato realizou viagens a vária Comunidades Portuguesas no Mundo
, à Espanha, Índia, Brasil, Vaticano e convidou a Sua Santidade Papa Bento XVI a visitar Portugal em Maio. É apoiado pelo Partido Social Democrata, Partido Popular e Movimento Esperança Portugal.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Presidências de Portugal 2011

Estamos a cerca de uma semana para os Portugueses serem chamados às urnas para escolher o seu Presidente da República por mais 5 anos. Daqui em diante, a campanha irá ser mais competitiva de forma que os seis candidatos possam ganhar mais uns votos. Os candidatos irão ser apresentados neste blog, Portugal Politics, de forma que possam escolher o melhor Presidente para Portugal e para os Portugueses.
Os canditados apresentados serão: Aníbal Cavaco Silva (actual Presidente da República), Manuel Alegre, Francisco Lopes, Fernando Nobre, Defensor Moura e José Manuel Coelho.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Portugal não vai pedir nenhuma ajuda" diz José Sócrates

"O Governo português não vai pedir nenhuma assistência financeira pela simples razão de que não é necessária. Portugal tem condições de se financiar no mercado", assegurou José Sócrates, rejeitando os rumores que dão conta de uma cada vez mais iminente intervenção do Fundo de Estabilização Financeira da União Europeia e do FMI. Na apresentação dos dados preliminares da execução orçamental do ano passado, o chefe do Executivo sublinhou ainda que "Portugal tem condições para se continuar a financiar no mercado" e lembrou que "todas as expressões, especulações e declarações" sobre um eventual resgate financeiro "não ajudam o País". "É uma especulação que só agrava as condições de mercado". Mais duro nas palavras e no tom, José Sócrates lançou ainda um pedido aos líderes partidários e aos vários agentes políticos que se têm pronunciado sobre uma intervenção do FMI. "Este é o momento para que as lideranças partidárias, en vez de andarem a especular sobre FMI e crises políticas, se porem ao lado dos interesses do País." Na edição desta terça-feira, o jornal 'Público' avança que o comité económico e financeiro europeu, cuja responsabilidade passa por preparar as reuniões dos ministros das Finanças pertencentes à Zona Euro, estará já a preparar o recurso de Portugal ao fundo de estabilização e ao FMI, apesar de muitos dirigentes eurpeus recusarem qualquer pressão nesse sentido. O primeiro-ministro mostrou-se também confiante em relação à primeira emissão de longo prazo, com um valor previsto entre os 750 e os 1500 milhões de euros, prevista para esta quarta-feira.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Évora, Capital Alentejana

Évora e sua região circundante tem uma rica história que recua a mais de dois milênios, como demonstrado por monumentos megalíticos próximos como a Anta do Zambujeiro e o Cromeleque dos Almendres. Alguns povoados neolíticos desenvolveram-se na região, o mais próximo localizado no Alto de São Bento. Outro povoado deste tipo é o chamado Castelo de Giraldo, habitado continuamente desde o 3o milênio até o primeiro milênio antes de Cristo e de esporádica ocupação na época medieval. Escavações arqueológicas, porém, não demonstraram até agora se a área da actual cidade era habitada antes da chegada dos romanos. Segundo uma lenda popularizada pelo humanista e escritor eborense André de Resende (1500-1573), Évora teria sido sede das tropas do general romano Sertório, que junto com os lusitanos teria enfrentado o poder de Roma. O que é sabido com certeza é que Évora foi elevada à categoria de municipium sob o nome de Ebora Liberalitas Julia, em homenagem a Júlio César. Na época do Imperador Augusto (63 a.C. - 14 d.C.), Évora foi integrada à Província da Lusitânia e beneficiada com uma série de transformações urbanísticas, das quais o Templo romano de Évora - dedicado provavelmente ao culto imperial - é o vestígio mais importante que sobreviveu aos nossos dias, além de ruínas de banhos públicos. Na freguesia da Tourega, os restos bem-preservados de uma villa romana mostram que ao redor da cidade existiam estabelecimentos rurais mantidos pela classe senhorial. No século III, num contexto de instabilidade do Império, a cidade foi cercada por uma muralha da qual alguns elementos existem até hoje. O período visigótico corresponde a uma época obscura da cidade. Na época da dominação muçulmana, a cidade conheceu um novo período de esplendor económico e político, graças a sua localização privilegiada. As muralhas foram reconstruídas e um alcácer e uma mesquita foram construídos na área da acrópole romana. A tomada de Évora aos mouros deu-se em 1165 pela acção do cavaleiro Geraldo Sem Pavor, responsável pela reconquista cristã de várias localidades alentejanas. Inaugurou-se assim uma nova etapa de crescimento da urbe, que chegou ao século XVI como a segunda cidade em importância do reino. D. Afonso Henriques concedeu-lhe seu primeiro foral (carta de direitos feudais) em 1166, e estabeleceu na cidade a Ordem dos Cavaleiros de Calatrava (mais tarde Ordem de Avis). Entre os séculos XIII e XIV foi erguida a Sé Catedral de Évora, uma das mais importantes catedrais medievais portuguesas, construída em estilo gótico e enriquecida com muitas obras de arte ao longo dos séculos. Além da Sé, na zona do antigo forum romano e alcácer muçulmano foram erguidos os antigos paços do concelho e palácios da nobreza local. A partir do século XIII instalam-se na cidade vários mosteiros de ordens religiosas nas zonas fora das muralhas, o que contribuiu para a formação de novos centros aglutinadores urbanos. A área extra-muros contava ainda com uma judiaria e uma mouraria. O crescimento da cidade para fora da primitiva cerca moura levou à construção de uma nova cintura de muralhas no século XIV, durante o reinado de D. Dinis. As principais praças da cidade eram a Praça do Giraldo (originalmente Praça Grande) e o Largo das Portas de Moura e o Rossio. A Praça do Giraldo, sede de uma feira anual desde 1275, também foi sede dos paços do concelho (desde o século XIV) e da cadeia. Com o tempo, especialmente a partir do século XVI, o Rossio passou a concentrar as feiras e mercados da cidade. O século XVI corresponde ao auge de Évora no cenário nacional, transformando-se num dos mais importantes centros culturais e artísticos do reino. A partir de D. João II e especialmente durante os reinos de D. Manuel e D. João III, Évora foi favorecida pelos reis portugueses, que passavam longas estadias na urbe. Famílias nobres (Vimioso, Codovil, Gama, Cadaval e outras) instalaram-se na cidade e ergueram palácios. D. Manuel concedeu-lhe um novo foral em 1501 e construiu seus paços reais em Évora, em uma mistura de estilos entre o mudéjar, o manuelino e o renascentista. D. João III ordenou a construção da Igreja da Graça, belo templo renascentista onde planeou ser sepultado, e durante seu reinado foi construído o Aqueduto da Água de Prata por Francisco de Arruda. Nessa época viveram na cidade artistas como o poeta Garcia de Resende, os pintores Frei Carlos, Francisco Henriques, Gregório Lopes, o escultor Nicolau de Chanterenne e eruditos e pensadores como Francisco de Holanda e André de Resende. Em 1540 a diocese de Évora foi elevada à categoria de arquidiocese e o primeiro arcebispo da cidade, o Cardeal Infante D.Henrique, fundou a Universidade de Évora (afecta à Companhia de Jesus) em 1550. Um rude golpe para Évora foi a extinção da prestigiada instituição universitária, em 1759 (que só seria restaurada cerca de dois séculos depois), na sequência da expulsão dos Jesuítas do país, por ordem do Marquês de Pombal. Nos séculos XVII e XVIII muito edifícios importantes foram reformados ou construídos de raiz em estilo maneirista ("chão"). No património da cidade destaca-se a capela-mor barroca da Sé, obra do arquitecto Ludovice, e os muitos altares e painéis de azulejos que cobrem os interiores das igrejas e da Universidade. No século XIX, Évora passou por muitas transformações urbanísticas, algumas de discutível qualidade. Na Praça do Giraldo, a cadeia e os antigos paços do concelho manuelinos foram demolidos e em seu lugar foi levantado o edifício do Banco de Portugal, enquanto que a sede do concelho foi transferida ao Palácio dos Condes de Sortelha, na Praça do Sertório. O Convento de S. Francisco também foi demolido (a igreja gótica foi poupada) e em seu lugar foi construído um novo quarteirão habitacional e um mercado. No lugar do Convento de S. Domingos foi erguido o Teatro Garcia de Resende (c. 1892). As muralhas medievais foram em grande parte preservadas, mas das antigas entradas apenas a Porta de Avis foi mantida. No século XX foi construído um anel viário ao redor do perímetro da muralha, o que ajudou na seua preservação. Évora é testemunho de diversos estilos e correntes estéticas, sendo ao longo do tempo dotada de obras de arte a ponto de ser classificada pela UNESCO, em 1986, como Património Comum da Humanidade.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Portugal poderá ter em 2011 a terceira pior recessão do mundo

A previsão da Economist Inteligence Unit (uma empresa do mesmo grupo da revista que se dedica à investigação) para Portugal é apenas menos má do que a de Porto Rico e da Grécia, para os quais prevê contracções do produto interno bruto (PIB) de respectivamente mais de quatro por cento e de 3,6 por cento para a Grécia. As previsões da Comissão Europeia para 2011, conhecidas no final de Novembro, apontam para um recuo de um por cento do PIB nacional, enquanto as do FMI apostam numa contracção de 1,5 por cento. A consultora Ernst & Young aposta por seu lado num recuo de 0,7 por cento. Os países com problemas da periferia da zona euro, que a revista agrupa pela sigla de PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) estão todos na lista dos dez com pior desempenho do PIB, mas enquanto a Grécia, Portugal e Irlanda (-0,9) deverão viver um ano de retrocesso do produto, a Itália e a Espanha deverão ter crescimentos de respectivamente cerca de meio ponto percentual e 0,7 por cento. Na lista dos piores desempenhos da revista, apenas seis países deverão ter recessão, o que significa que as suas economias deverão viver em 2011 uma situação muito particular, num ambiente de crescimento generalizado por todo o mundo. Na lista das dez economias que mais devem crescer continuam e China e a Índia, com taxas de 8,9 e 8,6 por cento, respectivamente, no sexto e sétimo lugares de um grupo onde não consta nenhum país desenvolvido. O Brasil e Angola, países lusófonos cujas economias têm apresentado fortes crescimentos, não estão nesta lista, mas Timor-Leste aparece na nona posição, com uma previsão de crescimento de sete a oito por cento em 2011. No primeiro lugar, o Qatar, com uma previsão de quase 16 por cento, seguido do Gana e da Mongólia

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff, Presidente do Brasil

Com esta frase, proferida ontem no Congresso Nacional logo após ter sido investida no cargo de chefe de Estado do Brasil, Dilma Rousseff, de 63 anos, deu uma clara indicação do rumo que pretende seguir no seu governo, e reforçou: "Sob a liderança dele, o povo brasileiro fez a travessia para uma outra margem da história, e a minha missão é consolidar essa passagem e avançar no caminho de uma nação das mais geradoras de oportunidades." Dilma repetiu a promessa, feita na campanha e no dia da eleição, de ter como sua principal meta erradicar a pobreza extrema no Brasil, criar avanços em áreas críticas como a saúde e a segurança. Não esqueceu também, e realçou-o em vários momentos do discurso, o facto de ser a primeira mulher presidente e enalteceu as mulheres. "Será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher. Sinto imensa honra por essa escolha do povo brasileiro e sei do significado histórico dessa decisão", declarou Dilma, acrescentando: "O meu compromisso é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos." A festa de investidura ficou marcada pela chuva, que caiu na capital federal e que impediu Dilma de desfilar em carro aberto, obrigando-a a seguir da Catedral de Brasília até ao Congresso num Rolls-Royce fechado. Divorciada, foi acompanhada pela filha, Paula Rousseff. Já como presidente, e agora em carro aberto, Dilma foi para o Palácio do Planalto, sede da presidência, onde Lula a esperava e lhe passou a faixa presidencial. Depois de falar para as pessoas que se aglomeravam na Praça dos Três Poderes, a presidente ofereceu no Palácio do Itamaraty (Negócios Estrangeiros) uma recepção a 2500 convidados brasileiros e dignitários de 47 países, entre os quais José Sócrates. O primeiro--ministro português será um dos primeiros líderes estrangeiros a ser recebido pela presidente, em audiência privada hoje em Brasília.

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