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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Figueira da Foz, A "praia" do Centro de Portugal

Lugar de ocupação humana muito antiga, fez parte do reino suevo, e mais tarde viria a ser conquistada aos mouros aquando a conquista de Coimbra por Fernando Magno em 1064, integrando o Reino de Leão e consequentemente o Condado Portucalense. A Figueira da Foz conheceu um grande crescimento no século XVIII devido ao movimento do porto e ao desenvolvimento da indústria de construção naval. Foi elevada à categoria de vila em 1771. Continuou a crescer ao longo do século XIX devido à abertura de novas vias de comunicação e à afluência de veraneantes. Em 20 de Setembro de 1882, foi elevada à categoria de cidade. Nos finais do século XIX e início do século XX construiu-se o chamado Bairro Novo, de malha regular, onde se instalaram os hotéis, o casino, restaurantes, bares nocturnos e alguma actividade comercial. Outro local onde a actividade comercial é evidente é na Rua da República, que liga a zona de entrada da cidade (via Estação dos caminhos-de-ferro) à zona mais central da cidade. Nos últimos tempos foram construídos supermercados e hipermercados na zona mais periférica da cidade. Devido às condições naturais e ao equipamento turístico, a Figueira da Foz impôs-se como estância balnear não apenas para a zona centro de Portugal, mas também para famílias abastadas alentejanas e espanholas. A Figueira da Foz é conhecida como a "Rainha das Praias de Portugal". Foi nesta localidade, no início do século XIX, que desembarcaram as tropas inglesas que vieram ajudar Portugal na luta contra as Invasões Francesas. Em 1982, ano em que se comemorou o Primeiro Centenário da Elevação a Cidade da Figueira da Foz, foi inaugurada a Ponte Edgar Cardoso, que veio substituir a ponte antiga (que não permitia que embarcações passassem sob si). A nova ponte, que rapidamente se transformou num ex-libris da cidade, é considerada uma das mais bonitas e imponentes do país. Foi, recentemente, alvo de profundas obras de remodelação. A Torre do Relógio (situada em frente à Esplanada Silva Guimarães, junto à Praia da Claridade) é, igualmente, uma das referências da cidade, bem como o Forte de Santa Catarina. Situa-se também nesta cidade o Palácio Sotto-Mayor, que marca história numa zona mais central da Figueira da Foz. O Parque das Abadias é um dos "pulmões" da cidade e um local de lazer, onde se realizam algumas provas de corta-mato e várias iniciativas com vista a proporcionar momentos agradáveis aos cidadãos do concelho. Este Parque atravessa a cidade ao meio, indo desde a zona norte da cidade até ao Jardim Municipal, que sofreu, recentemente, intervenções de remodelação, que fizeram com que o coreto deixasse de existir.

sábado, 27 de novembro de 2010

Passos Coelho admite trabalhar com o FMI

Numa entrevista publicada hoje no semanário Expresso, Passos Coelho disse que o país vai resistir à intervenção do FMI, depois de lembrar que "a execução orçamental aprovada este mês" vai transmitir a confiança necessária ao investimento dos mercados externos. O líder social-democrata recusou comparações entre a situação das finanças portuguesas e irlandesas, mas admitiu, ao mesmo tempo, "trabalhar com o Fundo Monetário Internacional", se o cenário de incapacidade de resolver os problemas do país se mantiver. Em reacção a estas declarações, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, considerou hoje que, caso se efective a intervenção do FMI, a capacidade de Portugal pode ficar comprometida. "Devemos ser muitos cuidadosos para não fazer declarações que enfraqueçam a posição nacional. A interpretação que é possível fazer das declarações de Passos Coelho é de que põem em causa a capacidade nacional e que, nesse sentido, não favorece o interesse do país", afirmou o ministro. As declarações do líder laranja, reiterou ainda Santos Silva, "para além de darem a ideia de um líder político disposto a tudo, ainda confirmam que está disposto a pagar qualquer preço para ocupar o poder". O ministro acusou Passos Coelho de uma liderança que transmite "imaturidade política" e rejeitou qualquer negociação no sentido de recorrer a ajuda internacional. "Posso garantir que a União Europeia não está a trabalhar em nenhum pacote de ajuda a Portugal", concluiu.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

BCE compra parte da dívida de Portugal

Os juros da dívida portuguesa estão a aliviar ligeiramente, com notícias de que o Banco Central Europeu está no mercado a adquirir títulos de dívida de Portugal e Irlanda. A taxa cobrada entre os investidores na compra de dívida portuguesa a 10 anos está a deslizar dois pontos base para 7,009%. No entanto, no prazo a dois anos a pressão mantém-se, com os juros a subirem 11 pontos base para 4,534%. A Bloomberg cita quatro fontes conhecedoras das transacções. O BCE estará a adquirir títulos de dívida de prazos mais curtos. Os juros da Irlanda continuam em rota ascendente, em alta de 13 pontos base para 9,17% no prazo a 10 anos. Em Espanha, apesar de o chefe do governo, José Luís Rodríguez Zapatero, ter rejeitado “absolutamente” um resgate ao país-vizinho, os juros continuam em alta: cinco pontos base para 5,223% a 10 anos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mafra, A cidade-Palácio

Vestígios arqueológicos sugerem que o povoado hoje denominado por Mafra foi habitado pelo menos desde o Neolítico. A origem do termo Mafra continua envolta em mistério, sabendo-se apenas que evoluiu de Mafara (1189), Malfora (1201) e Mafora (1288). Alguns autores encontraram na sua origem o arquétipo turânico Mahara, a grande Ara, vestígio de um culto de fecundidade feminina outrora existente no aro da vila. Outros, radicaram o nome no árabe Mahfara, a cova, na presunção de que a povoação se encontrava implantada numa cova, facto desmentido pelo reconhecido arabista David Lopes. A vila está, isso sim, situada numa colina, cercada por dois vales onde correm as ribeiras conhecidas por Rio Gordo e Rio dos Couros. Certo também é que Mafra foi uma vila fortificada, podendo ainda hoje encontrar-se, na Rua das Tecedeiras, um pouco da muralha que a cercava. Os limites do castelo, que tudo leva a crer assenta sobre um povoado neolítico, sucessivamente reocupado até à Idade do Ferro, compreendiam toda a zona da "Vila Velha", que hoje se inclui no espaço delimitado a Oriente pelo Largo Coronel Brito Gorjão, a Sul pela Rua das Tecedeiras, a Ocidente pelo Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima e a Norte pela Rua Mafra Detrás do Castelo. A designação desta rua deve-se ao facto de a povoação ter voltado, literalmente, as costas ao flanco norte, por ser o mais exposto aos ventos. A densa floresta que, consta, existiu até ao século XIX na Quinta da Cerca, constituída por árvores de grande porte, reforçaria o paravento. Em 1147, Mafra é conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, e em 1189 a vila é doada pelo Rei D. Sancho I ao Bispo de Silves, D. Nicolau, que no ano seguinte lhe confere o primeiro foral. Em 1513 o Rei D. Manuel concede Foral Novo a Mafra, o que subentende a relativa importância da vila, que em breve diminuiria drasticamente. Um censo da população datado de 18 de Setembro de 1527 apura 191 vizinhos, dos quais apenas quatro vivem em casais na vila. Quando, em 1717, o Rei D. João V lança a primeira pedra da construção do Palácio, Mafra resumia-se a uns casarios, aglomerados a centenas de metros do Monumento. Ao longo do século XIX começou a povoação a crescer em direcção ao Monumento, embora o seu aspecto rural de vila saloia só tenha sido perdido no século XX, como provam as palavras de José Mangens, em 1936, ao descrever a antiga Rua dos Arcipestres, parte dela actual 1º de Maio: "(.) nada oferece de interessante e mais parece uma vila de aldeia sertaneja, com os seus casebres arruinados e típicos portais de quintais, blindados com latas velhas (.)". Corria o dia 8 de Dezembro de 1807 quando as tropas de Napoleão entraram em Mafra para montar quartel-general no Palácio. Parte do exército seguiu para Peniche e Torres Vedras, enquanto o restante ficou aquartelado no Palácio e Convento, e os oficiais nas casas da vila, sob o comando do General Luison. A invasão duraria cerca de nove meses. No dia 2 de Setembro o exército inglês irrompia em Mafra, saudado com grande alegria pela população e ao som dos carrilhões. A 5 de Outubro de 1910 de novo o povo de Mafra viveria um dia único. A revolução republicana estalara na véspera em Lisboa, o Rei D. Manuel II refugiara-se durante a noite no Palácio e abandonava Mafra, num automóvel escoltado, acompanhado da sua mãe e avó, rumo à Ericeira, onde o Iate D. Amélia os conduziria a Gibraltar e ao exílio. Volvidos quatro anos sobre a fuga de El-Rei, novo sobressalto em Mafra: no dia 20 de Outubro, um grupo de monárquicos reuniu-se no largo D. João V e, munido de algumas armas, encaminhou-se para a Escola Prática de Infantaria, instalada no Convento, depois de cortar os fios telefónicos e telegráficos. A revolta foi facilmente anulada pelos militares, acabando na cadeia de Mafra cerca de uma centena de pessoas.

domingo, 21 de novembro de 2010

"Voltarei a Portugal" diz Barack Obama

Visivelmente cansado após dois dias de reuniões seguidas, Barack Obama voltou a agradecer a hospitalidade portuguesa e disse que tenciona regressar mas num ambiente mais tranquilo. "Voltarei quando tiver menos reuniões", disse o líder americano, em declarações à imprensa no final da cimeira UE-EUA, que decorreu no Pavilhão de Portugal. Obama participou nesta cimeira com Herman van Rompuy e Durão Barroso, respectivamente, presidente permanente da UE e presidente da Comissão Europeia. Esta foi a primeira cimeira entre a UE e os EUA desde que o Tratado de Lisboa entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2009. O "Air Force One" do presidente norte-americano descolou da pista do aeroporto da Portela às 20:27 horas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

40 Chefes de Estado em Lisboa

A lista mais actualizada de presenças, obtida pela agência Lusa, confirma que não estará em Lisboa qualquer representação do Banco Mundial, inicialmente prevista. Segundo essa lista estão confirmadas as presenças de 20 chefes de Estado, 22 chefes de Governo (incluindo o primeiro ministro José Sócrates), 41 ministros dos Negócios Estrangeiros (incluindo Luis Amado) e 34 ministros da Defesa (incluindo Augusto Santos Silva). Estarão ainda presentes em Lisboa o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a responsável da diplomacia europeia, Catherine Ashton e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, estará também na capital portuguesa onde se espera a presença do secretário-geral da Assembleia Parlamentar da NATO e o presidente do Comité Político da instituição, Karl Lamers. Barack Obama, presidente norte-americano, e Dimitri Medvedev, o presidente russo, serão dois dos chefes de Estado presentes em Lisboa, que reunirá nos próximos dias os dirigentes máximos do hemisfério norte. Hamid Karzai, presidente do Afeganistão lidera a delegação daquele país cujos restantes membros não são ainda conhecidos. Entre os chefes de Estado presentes contam-se os da Bulgária (Georgi Parvanov), Croácia (Ivo Josipovi), Eslováquia (Ivan Gašparovi), França (Nicolas Sarkozy) e Letónia (Valdis Zatlers). Participam ainda os presidentes da Lituânia (Dalia Grybauskaite), Polónia (Bronislaw Komorowski), Republica Cheva (Vaclav Klaus), Roménia (Traian Bsescu) e Turquia (Abdullah Gül). Fazem ainda parte da lista de presenças os presidentes da Arménia (Serzh Sargsyan), Azerbeijão (Ílham Aliyev), Bósnia (Nebojš Radmanovi), Finlândia (Tarja Halonen), Geórgia (Mikhail Ssaakashvili), Macedónia (Gjorge Ivanov), Cazaquistão (Nursultan Nazarbayev). No que toca aos chefes de Governo, e além do anfitrião do encontro, José Sócrates, estarão em Lisboa os líderes da Albânia (Sali Berisha), da Alemanha (Ângela Merkel), da Bélgica (Yves Leterme), do Canadá (Stephen Harper), da Dinamarca (Lars Løkke Rasmussen) e de Espanha (José Luis Rodríguez Zapatero). Participam ainda os chefes do Governo da Eslovénia (Borut Pahor), Estónia (Andrus Ansip), Grécia (George Papandreou), Hungria (Viktor Orbán), Itália (Sílvio Berlusconi), Luxemburgo (Jean-Claude Juncker), Noruega (Jens Stoltenberg) e Holanda (Mark Rutte). Estão ainda na lista os chefes de Governo do Reino Unido (David Cameron), Republica Checa (Petr Neas), Australia (Julia Gillard), Georgia (Mikhail Ssaakashvili) e Suécia (Freddrick Reinfeldt). Em alguns casos as delegações terão representação reduzida, como a Coreia do Sul (vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro do Comércio), a Malásia (embaixador em Paris) e Tonga (representante do PM). De referir que a maior delegação esperada é a da Geórgia, que será liderada pelo presidente Mikhail Saakashvili e incluirá o vice-PM, Giorgi Baramidze, os ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa, Gregory Vashadze e Bachana Akhalaia e três vice-ministros.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Obama vai discutir crise portuguesa

Em conferência de imprensa, Liz Sherwood-Randall, directora da Casa Branca, disse que os norte-americanos apoiam "totalmente os esforços do Governo português para melhorar a situação económica do país", e que isso será "assunto de discussão" nos encontros que Obama manterá com as autoridades nacionais em Lisboa. Ben Rhodes, conselheiro de segurança nacional adjunto para as comunicações estratégicas, também esteve presente na conferência, onde referiu que "Portugal é um aliado e amigo próximo" e que as reuniões "serão uma oportunidade importante para sublinhar a proximidade da relação com os portugueses". O presidente dos EUA sai de Washigton quinta-feira à noite. Estará dois dias em Portugal, a propósito da cimeira da NATO, e vai encontrar-se primeiro com o presidente da República e só depois com o primeiro-ministro.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não existem contactos para recorrer a ajuda europeia

A poucas horas de os ministros das Finanças da zona euro se reunirem em Bruxelas para debater a questão irlandesa, Teixeira dos Santos fez questão de frisar hoje que não existem contactos com as autoridades de Bruxelas para Portugal recorrer à ajuda financeira europeia. Uma declaração taxativa feita pelo ministro das Finanças em que refere que não existe «nenhum contacto com as autoridades em Bruxelas, nem formal nem informal, tendo em vista o recurso à ajuda europeia» e que coloca a questão da sobrevivência do euro na situação delicada da Irlanda. Aliás, também hoje, o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários garantiu que Portugal não pediu ajuda para suportar o aumento dos juros dívida, sublinhando que é «pura especulação» tudo o que se está a passar, incluindo a possível activação do Fundo de Estabilização Financeira por parte da Irlanda. Teixeira dos Santos afirmou que, apesar da situação da Irlanda ter «um risco de contágio» e que não pode ser ignorada, a aposta de Portugal «é continuar a financiar-se no mercado», até porque a taxa média da dívida pública portuguesa «está em 3,6 por cento». O presidente do Ecofin, Jean-Claude Junker fez hoje questão de frisar as diferenças entre o sector bancário português e irlandês, numa entrevista à Bloomberg, garantindo que a Irlanda não pediu ajuda financeira à União Europeia.«Existem enormes diferenças» entre Portugal e a Irlanda, acrescentando que «o sector bancário português não enfrenta os mesmos problemas do irlandês». A Irlanda, que tem sido pressionada pelos seus parceiros para aceitar os fundos financeiros europeus, tem negado qualquer tipo de intervenção, com o governo irlandês a defender-se afirmando que o país não necessita de qualquer financiamento até Junho próximo. O ministro irlandês da Economia, Batt O'Keefe, citado pelo Financial Times, afirmou que a Irlanda «tem de demonstrar claramente que não está sozinha e que está determinada a sair das dificuldades financeiras actuais». O governo alemão, através de fontes oficiais citadas pelo FT, negou «categoricamente» qualquer tipo de pressão junto dos irlandeses depois de no fim de semana terem surgido várias notícias na imprensa europeia afirmando que os parceiros europeus estariam a pedir ao governo irlandês que acionasse o mecanismo de ajuda junto do Banco Central Europeu (BCE) de forma a que a banca irlandesa acabasse com os problemas de liquidez. Já hoje, o vice-presidente do BCE Vítor Constâncio disse que a Irlanda poderia aceder ao fundo de emergência da União Europeia para resgatar os seus bancos. «Os problemas do sector bancário irlandês não são apenas de liquidez, mas também, em alguns casos, problemas de capital», disse Constâncio em Viena. A reunião dos ministros das Finanças da zona euro, a realizar na terça-feira, será um marco importante para uma decisão sobre o que fazer à Irlanda. Fontes de Bruxelas afirmaram que, dessa reunião, é de esperar uma mensagem de «apaziguamento» e de «unidade» para tentar acalmar o nervosismo dos mercados financeiros.

sábado, 13 de novembro de 2010

Portugal Politics também já está no facebook.

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Países de língua portuguesa com fundo chinês

A China lançará um fundo de US$ 1 bilhão para impulsionar suas relações comerciais e econômicas com países que falam a língua portuguesa, afirmou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, num fórum em Macau. Jiabao anunciou várias iniciativas para impulsionar o comércio e os investimentos entre a nação asiática e os países que falam português, como Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste. Além do fundo de US$ 1 bilhão, o primeiro-ministro afirmou que a China concederá empréstimos preferenciais e estabelecerá mais programas de treinamento para as organizações desses países. Prometeu também continuar a oferecer um tratamento fiscal favorável para as importações de países que falam português e estabeleceu uma meta para o aumento do comércio entre a China e essas nações para US$ 100 bilhões por ano até 2013. O comércio entre a China e os países que falam português foi de US$ 68,2 bilhões nos primeiros três trimestres de 2010, o que correspondeu a um aumento de 57% na comparação com o mesmo período do ano passado, afirmou Wen. Nos últimos anos, Pequim tem injetado milhões de dólares em investimentos e ajuda para países do terceiro mundo na África e na América do Sul, como parte de um esforço para garantir o acesso a recursos fundamentais para a sua economia em rápida expansão. As informações são da Dow Jones.

Bragança, A capital de Trás-os-Montes

A área do actual concelho de Bragança era já uma povoação importante durante a ocupação romana. Durante algum tempo teve a designação de Juliobriga dada a Brigantia pelo imperador Augusto em homenagem a teu seu tio Júlio César. Destruída durante as guerras entre cristãos e mouros, encontrava-se em território pertencente ao mosteiro beneditino de Castro de Avelãs quando a adquiriu, por troca, em 1130, D. Fernando Mendes, cunhado de D. Afonso Henriques. Reconstruída no lugar de Benquerença, D. Sancho I concedeu-lhe foral em 1187 e libertou-a em 1199 do cerco que lhe impusera Afonso IX de Leão, pondo-lhe então definitivamente o nome de Bragança. O regente D. Pedro, em 1442, elevou Bragança a cabeça de ducado concedido a seu irmão ilegítimo D. Afonso, 8º conde de Barcelos e que fora genro de D. Nuno Álvares Pereira. Em 1445, Bragança recebeu a concessão de uma feira franca e em 1446 D. Afonso V elevou-a à categoria de cidade. A 5 de Março de 1770, Bragança tornou-se sede uma diocese; passou a ter unida a si, desde 27 de Setembro de 1780, a diocese de Miranda (criada a 22 de Maio de 1545), ficando a sede em Bragança - por isso a designação oficial da diocese é de «Bragança e Miranda».

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Lisboa, Capital Mundial da Segurança

Começou a contagem decrescente para a cimeira da NATO em Lisboa. A uma semana do início dos trabalhos, e enquanto os mais de 50 chefes de Estado e de governo não aterram na Portela, são as questões de segurança e circulação em Lisboa que vão dominando as atenções. Uma coisa é certa: prepare-se para o frenesim porque mesmo tendo recebido alguns eventos de grande envergadura, como a Expo 98, o Euro 2004 ou a Cimeira UE-África, Lisboa nunca testemunhou uma operação deste calibre. Tome-se como barómetro a maior cimeira realizada em Portugal, a UE-África, em 2007: na altura, para a protecção dos 80 chefes de Estado presentes, foram destacados 3 mil homens da PSP. O número será agora claramente pulverizado, explica ao i o comissário Paulo Flor, porta-voz da PSP: "Não vamos publicitar números, mas o número de efectivos policiais para esta cimeira será certamente superior a esse." Na montagem da operação coordenada pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, a Polícia de Segurança Pública conta com o apoio interno da Polícia Judiciária, dos Serviços de Informações e das Forças Armadas. A Marinha vai seguir o exemplo de realizações anteriores, disponibilizando meios da Autoridade Marítima e da Esquadra. Ou seja, no Tejo, e bem visíveis a partir do Parque das Nações, vão estar estacionados navios de guerra da marinha nacional. A missão da Força Aérea, por seu turno, passa pelo patrulhamento e pelo controlo do espaço aéreo. É por isso previsível que a vigilância dos céus da cimeira fique a cargo de um F-16 e de vários helicópteros. A vigilância deve ser complementada pelos conhecidos aviões AWACS. Para já, são apenas conhecidos os constrangimentos de mobilidade no Parque das Nações (ver infografia). Na perspectiva da segurança, a PSP considera positiva a tolerância de ponto ontem aprovada pelo governo para dia 19 para todos aqueles que trabalham no concelho de Lisboa. Ainda assim, no próximo dia 15, a PSP sinalizará os pontos críticos na capital. Mais uma vez, partindo da análise de eventos semelhantes, é possível apontar zonas de caos no trânsito: eixos rodoviários entre aeroporto, centro da cidade e Parque das Nações e zonas envolventes aos maiores hotéis da cidade. As cerca de 60 delegações presentes (perto de 2 mil pessoas) vão ocupar unidades como o Ritz, os hotéis Tivoli e Altis e o Dom Pedro, provocando inevitáveis perturbações nas entradas e saídas. Numa cimeira que está a ser preparada "há meses", as autoridades nacionais têm estado em articulação com a Interpol e a Europol e, naturalmente, com os corpos de segurança pessoal que acompanham algumas das maiores figuras presentes em Lisboa: Hamid Karzai, o presidente afegão, a chanceler alemã, Angela Merkel, e, claro, o presidente norte-americano, Barack Obama. A chegada de Obama a Lisboa, prevista para a manhã de dia 19, vai dar nas vistas. Primeiro é a aterragem do Air Force One - o Boeing 747-200B equipado com ginásio e escudos de protecção electrónica à prova de explosões nucleares. Logo a seguir será a vez de a "Besta" se estrear as ruas de Lisboa. A limusina presidencial de 300 mil dólares - com equipamento de visão nocturna, canhões de gás lacrimogéneo e tanques de oxigénio - deverá levar Obama a Belém, onde almoça com Cavaco Silva, e depois a São Bento, onde o presidente americano se reúne com José Sócrates. No percurso, claro, haverá uma forte presença de elementos dos serviços secretos. Obama recebe em média 30 ameaças de morte por dia e por isso tem um corpo de 200 homens a zelar pela sua segurança. Na comitiva americana, a maior de todas, com 800 a mil pessoas, estarão também cozinheiros, equipa médica e batalhões de assessores. Por esta altura - e seguindo o modus operandi habitual - os serviços secretos americanos já terão visitado Portugal três vezes no âmbito da cimeira: a primeira para fazer o "estudo do local"; a segunda para a chamada "visita de pré-lançamento" e por último a "visita avançada", que tem lugar dias antes da cimeira. Além da montagem de equipamento e neutralização de ameaças, nem a medição da qualidade do ar escapou aos homens de negro.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Portugal vai "fechar" fronteiras durante a cimeira da NATO

Segundo uma resolução publicada hoje em Diário da República, a reposição do controlo de fronteiras destina-se a garantir "a segurança interna" e a"manutenção da ordem pública" durante a Cimeira da NATO, que se realiza em Lisboa entre 19 e 20 de Novembro. "Considerando a dimensão, visibilidade mediática e complexidade do evento, com representações ao mais alto nível dos 28 Estados membros, dos restantes países parceiros e das organizações participantes, é manifestada a necessidade de garantir a segurança interna", pode ler-se no documento assinado por José Sócrates. "Torna-se, portanto, necessário prevenir a entrada no País de cidadãos ou grupos referenciados como habituais causadores de conflitos ou alterações da ordem pública ou cujos comportamentos sejam susceptíveis de comprometer a segurança dos cidadãos nacionais e dos cidadãos estrangeiros que, por força deste evento, acorrerão ao nosso país", acrescenta. Esta resolução, já aprovada em Conselho de Ministros, constitui "uma medida de excepção ao regime de ausência de controlo de pessoas na passagem das fronteiras" previsto no Código de Fronteiras Schengen. O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, assinou o despacho que determina os pontos de passagem autorizados, na fronteira terrestre, durante esse período de tempo

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Acordos entre Portugal e China valem 718 milhões de euros

Segundo avança a imprensa chinesa, os acordos e contratos empresariais assinados no domingo, em Lisboa, durante a visita do presidente chinês Hu Jintao valem cerca de mil milhões de dólares, o equivalente a 718 milhões de euros. «Hu Jintao e o Primeiro-ministro português José Sócrates presidiram à assinatura de acordos e contratos sobre projectos de infra-estruturas, energias renováveis e turismo no valor de mil milhões de dólares», escreve o China Daily. O jornal adianta que «as duas partes acordaram esforçar-se para duplicar o comércio bilateral até 2015. Os acordos assinados envolveram algumas das randes empresas dos dois países, entre elas a PT, EDP, Millennium BCP, Huawei e ICBI (Industrial and Commercial Bank of China). A imprensa chinesa acrescenta que o comércio entre a China e Portugal tenha crescido 40,7 por cento nos primeiros nove meses do ano, atingindo os 2.396 milhões de dólares.

sábado, 6 de novembro de 2010

Hu Jintao em Portugal

O homem mais poderoso do mundo, segundo a revista Forbes, está hoje em Lisboa. O Presidente chinês Hu Jintao visita Portugal durante este fim-de-semana e na bagagem traz muitos investimentos para fazer no país em troca de dívida pública. Nos dois dias de visita, HU Jintao reunir-se com o presidente português Cavaco Silva, com o primeiro-ministro José Sócrates e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, da Economia, entre encontros com outras autoridades e com a comunidade chinesa em Portugal. Para além da dívida soberana, Portugal e a China aproveitam também para assinar diversos acordos económicos, que deverão incluir a compra de produtos portugueses como vinho e azeite, para além do reforço da cooperação no sector do turismo. A visita de Hu Jintao é também motivo de protestos. A secção portuguesa da Amnistia Internacional vai realizar uma manifestação contra “os inúmeros detidos na República Popular da China, por delito de opinião”, enquanto o Bloco de Esquerda se recusa a estar presente na sessão parlamentar de recepção ao presidente chinês, porque considera o regime de Pequim “uma ditadura com créditos firmados na violação dos Direitos Humanos”. O último presidente chinês recebido em Lisboa foi o antecessor de Hu Jintao, Jiang Zemin, em Outubro de 1999.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em Portugal vive-se bem...

Portugal é um dos 42 países do mundo onde melhor se vive, mas os seus cidadãos não se satisfazem com este estatuto: só os eslovacos e os estónios - entre aqueles que se incluem neste restrito clube - conseguem ser mais infelizes. O certo é que, desde 1980, que o desenvolvimento humano no país tem vindo sempre a melhorar, embora, por vezes, como é o caso deste ano, não seja o suficiente para travar uma queda na tabela. Em 2010, Portugal ocupava a 40ª posição entre 169 países, tendo caído seis posições desde o ano passado. Porém, os responsáveis do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) alertam para o facto de as classificações não serem absolutamente comparáveis, pois houve mudanças nos métodos de cálculo. E o número daqueles que registam um desenvolvimento humano muito elevado também aumentou - de 38 para 42. Por isso, embora Portugal tenha descido no novo ranking, se se considerar os métodos anteriores, o país registou uma evolução, tendo subido até um lugar. Não se pode falar, assim, de uma derrapagem dos indicadores que medem o bem-estar dos portugueses, pois estes têm vindo sempre a melhorar. O que se passa é que outras nações aceleram e Portugal move-se devagarinho. Esta é a visão do copo meio cheio, mas Portugal parece preferir ver o copo meio vazio - está a dois lugares do fim da tabela dos 42 primeiros (só Polónia e Barbados estão abaixo) e os seus cidadãos sentem-se particularmente insatisfeitos com isso. É o que se conclui quando se olha para os indicadores que medem a percepção dos cidadãos sobre a sua felicidade e bem-estar. Os portugueses, numa escala de satisfação de 1 a 10, colocam-se no ponto 5,9. Os brasileiros, que estão na 73ª posição, assumem-se bem mais felizes (7,6) e até as gentes do Malawi, quase no fim da tabela (153º em 169 países), têm níveis de satisfação superiores ao dos portugueses (6,2). O problema dos portugueses parece residir apenas em relação ao seu nível de vida, que só satisfaz 47 por cento dos inquiridos, já que não se sentem mal no emprego e estão de boa saúde. Esta insatisfação pode ser explicada por alguns indicadores que surgem pouco favoráveis a Portugal. É o caso do crime, por exemplo. Entre os 42 países no topo do ranking, a percentagem de vítimas de assaltos é a mais alta - sete por cento já foram roubados. Outro dos factores que contribuem para o mal-estar é a insatisfação com a falta de casas a preços acessíveis - só em Espanha e na Eslovénia será pior. Percepções à parte, há de facto maus indicadores. Um deles é o da população que concluiu o secundário. Em Portugal, a percentagem situa-se nos 27,5 por cento, a pior entre os 42 países. Além disso, a taxa de chumbos nas escolas é a mais elevada - 10,2 por cento. Tem também uma média de anos de escolaridade inferior à maioria dos países no topo da tabela - 8 contra 12,6 na Noruega, o país que ocupa o topo do ranking. O país também não sai bem na fotografia no que diz respeito ao trabalho infantil. Entre as nações onde se vive melhor, só em Portugal e no Bahrein foram detectados casos. Segundo o relatório, três por cento das crianças portuguesas entre os 5 e os 14 trabalhavam. Em 2008, o produto interno bruto per capita era mais de quatro vezes inferior ao da Noruega e significativamente abaixo do espanhol, que está no 20º lugar do ranking. Ana Fernandes

Cavaco Silva inaugura sede de candidatura

Cavaco Silva inaugurou, esta quinta-feira, a sede de candidatura em Lisboa. O candidato presidencial foi recebido por uma multidão quando chegou à sede, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. «Abro hoje a sede da minha candidatura em Lisboa, as portas ficam a partir de hoje abertas a todos aqueles que queiram ser informados sobre a minha candidatura, àqueles que com ela se identificam, àqueles que queriam apoiar-me nesta jornada pelo futuro de Portugal», afirmou Cavaco Silva, no discurso de inauguração. O candidato presidencial defendeu que só uma mudança na orientação económica de Portugal poderá resolver os «problemas concretos das pessoas», problemas que não são solucionáveis com «ilusões ou com utopias». Cavaco Silva frisou que a sua candidatura é «uma casa de gente que quer contribuir para abrir janelas de esperança» a quem perdeu o emprego, aos jovens à procura de trabalho, aos idosos que vivem com «uma pensão bastante reduzida» e àqueles que se encontram em situação de pobreza. «Estes são problemas concretos das pessoas e que não podem ser resolvidos com ilusões ou com utopias, estes são problemas concretos das pessoas, que só podem ser resolvidos com uma mudança na orientação económica do nosso país, no sentido de aumentar a produção de bens que são susceptíveis de ser exportados ou de substituir aquelas importações que nós fazemos. Só assim será possível criar riqueza e criar empregos no nosso país», disse. Nesta inauguração, Cavaco Silva apresentou formalmente os mandatários distritais da sua recandidatura a Belém. Uma lista onde se destaca o mandatário por Lisboa, o ex-ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha. Ao nível partidário, Cavaco Silva conta com o apoio do PSD e do CDS, que também estiveram representados nesta cerimónia.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Leiria, a Cidade Pinhal

A região onde se situa Leiria já é habitada há longos tempos, apesar de sua história precoce ser bastante obscura. Mesmo assim, a bacia hidrográgica do Lis é das zonas dessas dimensões com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de silex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na mata dos marrazes atrás do Bairro Sá Carneiro) e pinturas rupestres (estas na praia do Pedrógão e no vale do Lapedo). De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional. Os túrdulos, um povo indígena da Ibéria, estabeleceram um povoado junto à cidade actual de Leiria (a cerca de 7 km). Essa povoação foi depois ocupada pelos Romanos, que a expandiram sob o nome de Collippo. As pedras da antiga cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda podemos ver pedras com inscrições romanas.Pouco é conhecido sobre a área nos tempos dos visigodos, mas durante o período de domínio árabe, Leiria era já uma vila com praça. A Leiria moura foi capturada em 1135 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, durante a chamada Reconquista. Essa localidade foi brevemente retomada pelos mouros em 1137, e mais tarde em 1140. Em 1142, Afonso Henriques reconquistou Leiria, sendo desse ano o primeiro foral (carta de direitos feudais), atribuído para estimular a colonização da área. Os dois reis esforçaram-se por reconstruir as muralhas e o castelo da vila, para evitar novas incursões mouras. A maioria da população vivia dentro das muralhas protectoras da cidade, mas já no século XII uma parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no último quartel do século XII, servia a freguesia exterior às muralhas. De facto a região de Leiria é a ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região.Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254, durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (actualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou como feudo à sua esposa, a rainha Santa Isabel. O rei também expandiu a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa atlântica. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram aos Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região. Em 1411, D. João I autorizou a instalação de um moinho de papel (atualmente um museu) para a fabricação deste material. Na mesma época é documentado que os judeus desenvolveram nesse concelho uma das mais notáveis comunidades, ao ponto de empreenderem uma florescente actividade industrial. Abraão Zacuto, erudito judeu, publicou sua obra Almanach perpetuum em Leiria em 1496.No fim do século XV, o rei D. João I construiu um palácio real dentro das muralhas do castelo. Este palácio, com elegantes galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído no século XX. D. João I foi também o responsável pela reconstrução da Igreja de Nossa Senhora da Pena, localizada dentro do perímetro do castelo, num estilo gótico tardio. Por volta do fim do século XV, a cidade continuou a crescer, ocupando a área que se estende desde a colina do castelo até ao rio Lis. Em Leiria foi impresso o primeiro livro em Portugal. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em 1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando-se sede da diocese de Leiria. A Sé Catedral de Leiria foi construída na segunda metade do século XVI, numa mistura dos estilos renascentista (gótico tardio) e maneirista (renascimento tardio). Comparando com a Idade Média, a história subsequente de Leiria é de relativa decadência. No entanto, no século XX, a sua posição estratégica no território português favoreceu o desenvolvimento de indústrias diversas, levando a um grande desenvolvimento da cidade e da sua região. De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma extraordinária, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Orçamento de Estado de 2011 aprovado

Graças à abstenção do PSD, o Orçamento de Estado para 2011 (OE) foi aprovado na generalidade, após dois dias de intenso debate na Assembleia da República. No final da votação – que contou com votos a favor do PS e os votos contra do CDS PP, Bloco de Esquerda, PCP e dos Verdes –, José Sócrates não escondeu a “satisfação do Governo por ter ultrapassado esta batalha” do OE. Aos jornalistas, o primeiro-ministro referiu a importância da execução das contas do Estado e traçou uma meta. “Queremos chegar ao fim de 2011, com um dos menores défices da Europa, para que Portugal saia de vez do grupo de países mais afectados pela crise financeira internacional”. Recorde-se que é objetivo do Governo chegar aos 4,6% de défice.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Debate do OE 2011 começa hoje

Os juros da dívida de Portugal continuam a subir. Avançam pela quarta sessão consecutiva, e estão já no nível mais elevado e duas semanas, acima da fasquia dos 6,1%, isto no dia em que tem início a discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 no Parlamento. Os partidos vão discutir as medidas propostas pelo Governo no OE, estando já garantida a viabilização do documento na sessão de amanhã, já que o PSD vai abster-se. Esta posição foi conseguida depois de negociações entre o principal partido da oposição e o Executivo de José Sócrates. O acordo alcançado não teve, no entanto, o impacto esperado no mercado. Ontem, o primeiro dia de negociação da semana após conhecido o entendimento entre Governo e PSD, os juros chegaram a cair, no arranque da sessão, mas acabaram por inverter a tendência e superar os 6%. Hoje, a tendência positiva mantém-se, com a taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos a negociar nos 6,149%. Apresentam uma subida de 4,7 pontos, com receios de que as medidas não permitam ao Governo atingir a meta de redução do défice com que se comprometeu com Bruxelas. “Apesar do acordo, há receios de que o impacto das medidas de austeridade na economia [podendo levar o País a uma nova recessão] signifiquem que Portugal não conseguirá cumprir a meta de redução do défice”, disse ao Negócios Nick Stamenkovic, especialista do mercado de dívida da RIA Capital. A subida dos juros da dívida não é, no entanto, um exclusivo de Portugal. Também os juros exigidos pelos investidores à Irlanda voltam a subir (10 pontos base), já os da Grécia estão praticamente inalterados, assim como os das “bunds” da Alemanha, que servem de referência para a região. O aumento dos juros dos países da periferia da Zona Euro é explicada pelos receios dos investidores de que possam vir a ser chamados a fazer parte da solução na eventualidade de algum destes entrar numa situação de incumprimento. É essa a proposta da Alemanha, isto se os restantes Estados quiserem que o fundo de estabilização seja permanente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sócrates felicita Dilma Roussef

A candidata do Partido dos Trabalhadores tornou-se no domingo na primeira mulher eleita para a chefia do Estado brasileiro, ao derrotar o candidato José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira. “O primeiro-ministro já teve a oportunidade de felicitar Dilma Roussef pela vitória que obteve na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras”, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do gabinete do líder do executivo português. Na mensagem, segundo a mesma fonte, José Sócrates “vincou que os dois países atravessam um período de excelentes relações a todos os níveis”. No período de pré-campanha para as eleições presidenciais brasileiras, Dilma Roussef fez um périplo internacional, tendo-se encontrado com vários chefes de Estado e de Governo da Europa, incluindo José Sócrates. Dilma Roussef foi recebida pelo primeiro-ministro português a 19 de junho na residência oficial de São Bento, ocasião em que se manifestou interessada na experiência portuguesa de aplicação da banda larga.

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