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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Debate do OE 2011 começa hoje

Os juros da dívida de Portugal continuam a subir. Avançam pela quarta sessão consecutiva, e estão já no nível mais elevado e duas semanas, acima da fasquia dos 6,1%, isto no dia em que tem início a discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 no Parlamento. Os partidos vão discutir as medidas propostas pelo Governo no OE, estando já garantida a viabilização do documento na sessão de amanhã, já que o PSD vai abster-se. Esta posição foi conseguida depois de negociações entre o principal partido da oposição e o Executivo de José Sócrates. O acordo alcançado não teve, no entanto, o impacto esperado no mercado. Ontem, o primeiro dia de negociação da semana após conhecido o entendimento entre Governo e PSD, os juros chegaram a cair, no arranque da sessão, mas acabaram por inverter a tendência e superar os 6%. Hoje, a tendência positiva mantém-se, com a taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos a negociar nos 6,149%. Apresentam uma subida de 4,7 pontos, com receios de que as medidas não permitam ao Governo atingir a meta de redução do défice com que se comprometeu com Bruxelas. “Apesar do acordo, há receios de que o impacto das medidas de austeridade na economia [podendo levar o País a uma nova recessão] signifiquem que Portugal não conseguirá cumprir a meta de redução do défice”, disse ao Negócios Nick Stamenkovic, especialista do mercado de dívida da RIA Capital. A subida dos juros da dívida não é, no entanto, um exclusivo de Portugal. Também os juros exigidos pelos investidores à Irlanda voltam a subir (10 pontos base), já os da Grécia estão praticamente inalterados, assim como os das “bunds” da Alemanha, que servem de referência para a região. O aumento dos juros dos países da periferia da Zona Euro é explicada pelos receios dos investidores de que possam vir a ser chamados a fazer parte da solução na eventualidade de algum destes entrar numa situação de incumprimento. É essa a proposta da Alemanha, isto se os restantes Estados quiserem que o fundo de estabilização seja permanente.

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