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domingo, 23 de janeiro de 2011

Eleições Presidênciais em Portugal 2011

As eleições presidenciais em Portugal, marcadas para este Domingo, colocam frente a frente duas figuras emblemáticas da política nacional: Cavaco Silva, atual presidente apoiado pela direita, PSD e CDS-PP, e Manuel Alegre, candidato apoiado pelo Partido Socialista e Bloco de Esquerda. Na corrida presidencial participam ainda o candidato pela CDU, Francisco Lopes, José Manuel Coelho, candidato pelo PND-M, e os candidatos independentes Fernando Nobre (presidente da ONG Assistência Médica Internacional, AMI) e Defensor Moura. No sistema português, a figura do Presidente da República está imbuída de uma forte componente simbólica, cabe-lhe o direito de dissolver o parlamento, embora não tenha competências executivas. O presidente é ainda o Comandante Supremo das Forças Armadas, preside ao Conselho de Estado e tem poder de veto sobre várias matérias. A fim de se evitar uma segunda volta, o candidato vencedor terá que recolher mais de 50% das preferências de voto. As sondagens sugerem que a vantagem está do lado de Cavaco Silva, 71 anos de idade, economista de formação e com uma longa carreira política, incluindo duas maiorias absolutas consecutivas no Parlamento, em 1985 e 1991. Em 1996 candidatou-se à presidência mas perdeu frente ao candidato socialista, Jorge Sampaio. Durante os dez anos seguintes dedicou-se à vida académica e em 2006 reapareceu na cena política como candidato independente vencendo logo à primeira volta. Foi nesta altura que Cavaco Silva iniciou a sua cooperação estratégica com o Executivo liderado pelo socialista José Sócrates. As legislativas de 2009 marcam um ponto baixo nas relações entre a Presidência e o executivo. A re-eleição de José Sócrates, agora sem maioria absoluta, obrigou ao estreitar das relações com a Presidência e oposição. Enquanto Presidente, Cavaco Silva sublinhou sempre o seu papel moderador entre as forças políticas. Longe de assumir a presidência como um cargo cerimonial, Cavaco Silva recorreu mais de uma dezena de vezes ao poder de veto. Áreas como a pluralidade da comunicação social, família e o estatuto político-administrativo dos Açores são apenas alguns exemplos. No centro do debate em torno destas eleições está a crise económica e financeira que o país atravessa e que poderá levar Portugal a recorrer aos fundos europeus. Para José Sócrates, o desafio é reduzir a dívida pública de 7,3% em 2010 para 4,6 em 2011.

1 comentário:

Maria Antão disse...

Venceu, quem já era esperado vencer.

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